A cidade de Sines e a aldeia de Porto Covo recebem, entre 22 e 29 de julho, a 23.ª edição do FMM Sines – Festival Músicas do Mundo, com 42 concertos de músicos de quatro continentes. De 22 a 24 de julho, o festival está sediado na aldeia de Porto Covo; no dia 25, transita para a cidade de Sines, onde permanece até ao dia 29.
De 26 a 29 de julho, a Antena 1 terá uma operação especial, com emissões em direto do festival, entre reportagens, entrevistas e transmissões de concertos, com Álvaro Costa, Nuno Sardinha, Carina Jorge e Herberto Quaresma.
Fotogaleria dos concertos em Porto Covo
O que esperar do FMM Sines 2023
Das Américas, o festival será palco de quatro concertos de músicos brasileiros (Céu, Chico César, Gilsons e Orquestra Maré do Amanhã) e de duas das maiores vozes do México: a consagrada Lila Downs e a revelação Silvana Estrada. Cuba é representada por Cimafunk e a música da Jamaica pelo coletivo Inna de Yard e pelo cantautor Brushy One String.
Portugal surge em 2023, de novo, em registo amplo, começando pelo jazz de Maria João & Carlos Bica Quarteto, que concretizam finalmente o encontro em Sines que a pandemia adiou. A música instrumental é trazida pelo Tó Trips Trio e pelos Expresso Transatlântico e a nova geração de cantautoras por A Garota Não, Rita Vian e Rita Braga. B Fachada, a fadista Carminho, e RAIA, com uma homenagem à viola-campaniça, são outros dos destaques.
África terá um ano forte no FMM Sines, com 15 concertos. Da zona mais a norte do continente chegam os franco-marroquinos Bab L’Bluz e a banda tuaregue que tornou os blues do deserto um fenómeno global, Tinariwen. Do Mali, vêm a cantora Rokia Koné e a banda Bamba Wassoulou Groove. Também da África Ocidental, chegam o senegalês Lass, os ganeses Alogte Oho & His Sounds of Joy e uma das maiores artistas do continente, a nigeriana Nneka. O coração de África está representado pelo grupo congolês Kin’Gongolo Kiniata e pela Madalitso Band, que faz a estreia do Malawi no festival.
Três grupos lendários dos países africanos onde se falam português – Os Tubarões (Cabo Verde), África Negra (São Tomé e Príncipe) e Ghorwane (Moçambique) – também vêm ao FMM Sines este ano. Uma menção especial para a Guiné-Bissau, que terá em 2023 a sua maior delegação em Sines, com Tabanka Djaz, Eneida Marta e mais uma banda histórica, Super Mama Djombo.
O contingente europeu do festival inclui o “agitador folclórico” espanhol Rodrigo Cuevas, a música psicadélica dos franceses Brama, o piano viajante da franco-venezuelana La Chica, os ambientes folk da estónia Mari Kalkun e um clássico dos cruzamentos do punk com o ska, os britânicos The Selecter.
Do mundo árabe e Médio Oriente, estreia-se a dupla sírio-libanesa Bedouin Burger e regressa o grupo Al-Qasar, num encontro com a artista sudanesa Alsarah. Há também lugar para a festa do qawwali paquistanês, em fusão com sons árabes, no projeto Alright Mela Meets Santoo. O grupo que vem de mais longe é Leenalchi, com uma visão rock de património imaterial sul-coreano.