Sem água canalizada, esgotos, casas-de-banho ou recolha de lixo. Era assim o dia-a-dia de milhões de portugueses, antes do 25 de Abril. A ditadura esmagava a liberdade, mas não conseguiu travar o pensamento de um grupo de arquitectos, sintonizados com o movimento moderno e com a vontade de fazer habitação para o maior número.
Vamos à procura deles e desse labirinto de resistência chamado SAAL – Serviço de Apoio Ambulatório Local, numa altura em que a revolução parecia estar a desenhar um caminho para a utopia.
Vamos ouvir as vozes de quem foi para a rua gritar “casas sim, barracas não”.
Porque a liberdade era uma criança acabada de nascer e era preciso explicar-lhe da forma mais simples possível o problema da habitação em Portugal.