Em Venezuela, Ohad Naharin põe uma vez mais em evidência a qualidade técnica dos seus bailarinos com uma coreografia cujo sentido de composição radica numa fisicalidade extenuante, em que o ritmo e a complexidade dos movimentos criam momentos inesquecíveis. Venezuela encena a conflitualidade e o diálogo entre corpos, mas também entre culturas, como muito simbolicamente os lenços brancos que surgem no início da peça se transformam, com o uso das cores, em variantes da bandeira da Palestina. Ao utilizar como banda sonora cantos eclesiásticos na primeira parte, com a luz a iluminar o palco e, no segundo segmento da coreografia, o rap de The Notorious B.I.G. e música árabe, Ohad remete-nos para um contexto sociocultural (e político) específico que aos olhos do coreógrafo ainda encerra sinais de esperança.
- Bailarinos da Batsheva Dance Company interpretação
- Ohad Naharin coreografia
- Avi Yona Bueno (Bambi) desenho de luz
- Maxim Waratt banda sonora e edição
- Nadav Barnea conselheiro musical
- Eri Nakamura figurinos
- Ariel Cohen assistente de Ohad Naharin e Eri Nakamura
- Natalia Petrova ensaiadora
- Omri Mishael assistente
Música
Converter Coma
Mahalakshmi & Udit Narayan Ae Ajnabi (de Dil Se)
Rage Against the Machine Bullet in the Head
Biz Mirage
Ólafur Arnalds The Wait
Phill Niblock One Large Rose
The Notorious B.I.G. Dead Wrong
Gregorian Chant Kyrie fons bonitatis, Litany / Beata Viscera / Offertorium: Lubulate Deo Universa Terra
Hildegard Von Bingen O Euchari
Gregorian Chant De Profundis / Alma Redemptoris / Litany: Litany
Produção Batsheva Dance Company
Coprodução Théâtre National du Chaillot (Paris); Hellerau – European Center for the Arts (Dresden)
Agradecimentos especiais ao The Israeli Ballroom Dancing Fund
Apoio Dalia and Eli Hurvitz Foundation, New Works Funds of Batsheva e American Friends of Batsheva
Apoio à apresentação em Lisboa Embaixada de Israel em Portugal