Habituámo-nos a ver o seu nome associado a outros ora como compositor, ora como produtor. Carolina Deslandes, Sara Correia, Carminho, Raquel Tavares, Mariza, Marco Rodrigues, Luis Trigacheiro e muitos, muitos outros. Foi nomeado duas vezes para os Grammy Latinos pelas produções dos álbuns de Marco Rodrigues (2015) e de Sara Correia (2021) e conquistou igualmente um GQ MOTY na categoria de música (2018), um Prémio Amália (2012) e um Edison Jazz/World Award (2011).
Agora edita em nome próprio “Amo-te e Outras Coisas Pra Te Dizer” que agora sai em CD e nas plataformas digitais, mais tarde será um livro e terá edição em vinil. “Comecei a escrever aos 14 ou 15 anos, à luz de uma vela para não acordar a minha irmã na cama ao lado. Aconteceu por impulso do fado que trazia de berço, como ser empurrado pelas costas, como se os fados que existissem não dissessem exatamente o que eu queria dizer. Depois a vida foi-me boa e intensa, nas canções como no amor, ser fadista”, começa por explicar Diogo Clemente.
“As vivências davam versos e músicas que traziam novas vivências e novos versos e lá foi acontecendo a vida à volta do mundo e cá dentro, ao fundo a vasculhar alegrias e dores. Olha-se para trás sempre sem saber como aconteceu e ficam os papéis, poemas, fados e outras coisas como fotografias. Apesar da felicidade de ser cantado pelos meus ídolos, que deram voz ao que escrevi e a quem sou devoto, por um lado nunca haveria música suficiente para largar tudo o que tenho para dizer e por outro, há coisas que só podem ser ditas por mim, desta guerra de vida, música e amor.”