“O que vai ficar do seu legado para a História da política portuguesa são mesmo as múltiplas dissoluções da Assembleia da República e, na verdade, a ascensão da extrema-direita que também aconteceu fruto dessas dissoluções e eleições antecipadas”. Jorge Pinto não tem dúvidas de que Marcelo Rebelo de Sousa ficará para a História “por todas as eleições antecipadas que aconteceram durante o seu mandato”.
Em entrevista ao podcast da Antena 1, “Política com Assinatura”, o candidato a Presidente da República, apoiado pelo Livre, afirma que foram as declarações de Marcelo que “o colocaram numa má posição negocial e que o obrigaram a tomar decisões que se calhar, naquele momento, gostaria de não ter tomado”.
No entender de Jorge Pinto, e questionado pela editora de Política da Antena 1, Natália Carvalho, sobre se Marcelo teve dois pesos e duas medidas, o deputado do Livre responde que “em algumas circunstâncias teve claramente”. E dá como exemplo os pedidos de demissão de ministros e secretários de Estado: “estes pedidos foram feitos de formas diferentes quando os Governos eram diferentes”.
“É estranho termos o mesmo Presidente da República, quando confrontado com situações semelhantes, ter atitudes diferentes”, acrescenta.
“A bitola tem que ser a mesma”, conclui.
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