Concerto
de apresentação de Ariadne no Jardim de Inverno do São Luiz, dia 29 de outubro
às 21h00
!
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Oiça a entrevista que Adriana Queiróz deu a Ana Sofia Carvalhêda
Com direção musical de Pedro Jóia, "Ariadne" conta ainda com os músicos
Filipe Raposo (piano), Pedro Jóia (guitarra), Yuri Daniel (baixo elétrico e
contrabaixo), Mário Delgado (guitarra elétrica), Vicky Marques (percussões) e a
participação especial de Luanda Cozetti (voz) no tema Ícaro.
Adriana
Queiroz tem um
percurso artístico notável na dança, no teatro, no cinema e, agora, revela-nos
o seu extraordinário talento enquanto cantora. Adriana Queiroz foi uma brilhante bailarina clássica na Companhia
Nacional de Bailado e no Ballet Gulbenkian – sob direção de Jorge Salavisa
chego a primeira-bailarina.
A sua passagem por Paris, onde
completou os estudos de Dança na Académie
Internationale de la Danse, levou Adriana
Queiroz a identificar-se com a cultura francófona e apaixonar-se por
autores como Leo Ferré, Serge Gainsbourg, Jacques Brel, Marguerite Duras ou
Boris Vian. A música teve sempre um papel importante no seu trabalho e paralelamente
foi apostando na formação musical, nomeadamente em ter aulas de canto com os
melhores professores, tais como Catherine Rey e Rui Baeta.
Em 2011, Adriana Queiroz dá início às gravações de "Ariadne" e simultaneamente constrói o sublime espetáculo "Tempo"
no qual interpreta essencialmente repertório francófono acompanhada ao piano
por Filipe Raposo. Mas o "Tempo" não é apenas música, é também poesia, dança,
vídeo arte, ou como diz Adriana Queiroz: "O Tempo de um passo, tempo de um
compasso, o tempo de um poema, tempo de uma emoção, o tempo de um tema…"
Agora chegou a vez do primeiro álbum
com lançamento marcado para o dia 22 de outubro!
Percurso
artístico de Adriana Queiroz
Adriana
Queiroz começou os seus estudos de dança clássica aos 3 anos com a professora
Margarida de Abreu. Posteriormente frequentou a escola de formação profissional
da Fundação Calouste Gulbenkian e a escola da Companhia Nacional de Bailado.
Completou os seus estudos de Dança em Paris na Academie Internacional de la Danse dirigida por Ivette Chauvire. Ao
regressar de Paris, foi aceite como bailarina clássica na Companhia Nacional de
Bailado onde permaneceu por 9 anos dançando todo o repertorio clássico e
neoclássico desta companhia.
A
sua evolução como bailarina deixava prever a sua saída desta companhia e aposterior entrada no Ballet Gulbenkian
onde poderia explorar, numa técnica mais livre e mais dirigida a um lado
performativo, todas as suas capacidades interpretativas. Ainda pertencendo ao
Ballet Gulbenkian começou a estudar canto com a professora Lúcia Lemos e a
participar em peças teatrais. Permaneceu 8 anos no Ballet Gulbenkian sob a
direção de Jorge Salaviza. Ao ser promovida a primeira‐bailarina,
concretizando o seu sonho de infância e uma meta, canalizou a sua atenção para
a continuidade da sua carreira e sobretudo para a evolução desta. Saiu desta
companhia para cimentar a ideia de que poderia utilizar os seus conhecimentos e
técnica corporal noutras áreas artísticas. Embora a sua intenção fosse
continuar como interprete, a sua atenção foi atraída para um lado desconhecido,
o de trabalhar com cada ator o corpo e a fisicalidade da personagem que estão a
construir. Desenvolveu esse trabalho com o encenador Antonio Pires com quem
passou a formar equipa como assistente de encenação.
Paralelamente
a este trabalho ingressou na Companhia Olga Roriz, com quem já tinha trabalhado
frequentemente dentro do âmbito das companhias a que pertenceu, num género de
dança ou teatro‐dança que lhe permitiu crescer como
interprete e desenvolver um lado mais experimental que lhe faltava explorar em
cena, desde a voz ao canto.
O
teatro foi o seu principal objetivo, sobretudo a exploração da fisicalidade dos
atores na construção das suas personagens, assim como o movimento cénico das
peças no sentido de o tornar quase impercetível ou tao fluido que não deixasse
duvidas aos atores qual o caminho a seguir. Em teatro trabalhou com os
encenadores Germana Tanger e Joao Grosso, Adriano Luz, Fernando Heitor, Raul
Atalaia, Rita Loureiro, Carlos Gomes, Fernando Gomes, Miguel Moreira, Diogo
Infante, Ana Luisa Guimarães, Isabel Abreu e Antonio Pires, tanto como
interprete como assistente de encenação e coreografa.
Em
cinema trabalhou com os realizadores Fernando Vendrell, Luis Galvao Teles,
Sandro Aguilar, Tiago Guedes e Frederico Serra, Núcleo Casulo (Afonso Pimentel
e Rodrigo Saraiva). Continuou os seus estudos de Canto com os professores
Catherine Rey e Rui Baeta. Em 2001 abarcou outro desafio criando e dirigindo o
CAL‐ Centro de Artes de Lisboa um projeto
dirigido aos profissionais das artes de espetáculo e profissões afins. Nada
mais natural que esta profissional se virasse para o mundo da música visto ser
este um dos seus instrumentos‐base de trabalho desde a infância, e
tendo vindo a aprofundar os seus conhecimentos nos últimos anos nesta área.
O que dizem os artistas consagrados sobre Adriana
Queiroz:
"O talento, o profissionalismo, a
entrega total e o carisma estavam, ou estão, na origem desse atributo que tão
bem define Adriana Queiroz : Bailarina Clássica, contemporânea, actriz ou
cantora, Adriana conduz com inteligência e bom gosto uma carreira
multifacetada." Jorge Salavisa
"Ela dá corpo às canções e canções ao
corpo, para fazer das duas coisas um momento único. Uma voz que dá voz à
palavra, ao espaço, à imagem, e tudo isto num corpo de intenções que nos abraça
e deslumbra. É preciso ouvi-la(…)" Amélia
Muge
"Conheci-a quando chegava,
merecidamente, ao auge da sua carreira de bailarina, no Ballet Gulbenkian, e já
a inquietava a necessidade da representação teatral . A sua voz quente,
granulada e expressiva revela-se anos mais tarde e de modo surpreendente, dando
forma definitiva a uma artista incansável e obstinada na procura da perfeição.
" Pedro Jóia
"Adriana
Queiroz declara-se, como artista, o ser humano tenaz cujo quotidiano é
conjugado no prazer de tocar a
felicidade, como um direito para viver. O palco é o seu chão e o universo onde
tem metamorfoseado a carreira com versatilidade de quem encara a vida com a
diversidade dos dias para vencer." Luisa
Taveira
"Empenho e
capacidade de experimentar, aceitando desafios de forma corajosa, sempre com
surpreendentes resultados, eis de que é feita Adriana Queiroz para quem a
demanda do belo não é vã evocação. Trabalho e disciplina é o que se reconhece,
de perto e à distância. Estou certo que ainda há dotes por vir, porque a
novidade faz parte do seu caminho em aberto." Nuno Carinhas.
ARIADNE: As canções e os seus autores
1
– A noite passada (Sérgio Godinho)
2
– Ariadne (Amélia Muge / Pedro Joía)
3
– Lembra-me um sonho lindo (Fausto)
4
– Barca (Amélia Muge)
5
– Rosalinda (Fausto)
6
– Ícaro (Pedro Joía)
7
– Balada da Rita (Sérgio Godinho)
8
– Ao preço da chuva (Tiago T. Da Silva / Pedro Joía)
9
– Viajante (Teresa Tinoco)
10
– Sem parar (Amélia Muge / Manuel Paulo)
11
– Índia Song (M. Duras / C. Alessio)
12 – Alfonsina y el mar (Félix Luna
/ Ariel Ramirez)