Estávamos em 1935. O momento coincidiu com a afirmação do Estado Novo, definindo, em larga medida, a sua estrutura de funcionamento e o tipo de programação.
Os três estúdios de gravação e a sede da Emissora foram instalados na Rua do Quelhas onde ainda nos anos anteriores, 1933 e 1934, se realizaram gravações de concertos sinfónicos de orquestra, agrupamentos musicais e palestras. Em abril de 1934 começaram as emissões experimentais e em junho foi constituída a Orquestra Sinfónica da Emissora Nacional, dirigida pelo Maestro Pedro de Freitas Branco.
A 1 de agosto de 1935, a Emissora Nacional de Radiodifusão (EN) foi oficialmente inaugurada, numa programação que procurava demarcar-se dos “programas ligeiros” das rádios privadas, assentando sobretudo na transmissão musical erudita e na emissão falada, entre mensagens didáticas e propaganda, que frequentemente lhe valeram o epíteto de “Maçadora Nacional”.
Procurando obviar algumas das principais críticas, Galvão reformulou a programação para emissões musicais mais acessíveis e atraentes para o público, embora mantendo uma orientação pedagógica e cultural.
Três dias após o início das emissões, teria lugar (no dia 4) a inauguração formal da Emissora, com a presença de responsáveis políticos na altura, incluindo o Presidente da República Óscar Carmona.
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