As Cantigas de Maio surgem como uma consequência quase natural no trabalho de mais de 30 anos de Bernardo Moreira na música.
Com um início marcado pela linguagem do jazz, universo em que se move até hoje, cedo enveredou por um diálogo com outros géneros musicais, com outros compositores e intérpretes, de que são testemunho os dois discos editados com o seu sexteto e na companhia da cantora Paula Oliveira, Ao Paredes Confesso e Lisboa que Adormece, respectivamente.
As Cantigas de Maio retomam esse trajecto, homenageando os grandes autores musicais que marcam uma viragem na página da história social, política e cultural do nosso país.
Autores que, entre si, criaram teias musicais e de partilha assumindo a referência de José Afonso, mas contribuindo, com a sua identidade, para uma «marca» na música portuguesa: Fausto Bordalo Dias, Vitorino Salomé, Sérgio Godinho, José Mário Branco, entre outros.
Para este Cantigas de Maio, Bernardo Moreira convidou músicos que, pela sua idade e percurso musical, representam duas gerações que se cruzam, trazendo percursos e vivências distintas, que permitem uma abordagem mais moderna para um legado que não pode, nem deve ser esquecido, tendo na voz aquele que é um dos cantores mais promissores na cena musical portuguesa, neste momento: João Neves.
Com lançamento marcado para o dia 25 de Abril e tendo contado com o apoio à edição por parte da Fundação GDA, este disco é editado pela Terra Series/JACC Records e é já um dos discos mais aguardados da música portuguesa de 2022.
- João Neves – Voz
- Bernardo Moreira – Contrabaixo
- Ricardo J. Dias – Piano
- André Santos – Guitarra e Viola de arame