Saltar para o conteúdo
    • Notícias
    • Desporto
    • Televisão
    • Rádio
    • RTP Play
    • RTP Palco
    • Zigzag Play
    • RTP Ensina
    • RTP Arquivos
Antena 1 - RTP
  • Programas
  • Podcasts
  • Vídeos
  • Música
    Nacional Internacional Fado Discos Antena 1 Concertos Antena 1
  • Notícias
  • Semanas Temáticas
  • Programação
  • O que já tocou
  • Outros Temas
    Cinema e Séries Cultura Política e Sociedade

NO AR
PROGRAMAÇÃO O QUE JÁ TOCOU
Imagem de Francisco José: nos cem anos do “coração que canta”
Antena 1 Nuno Galopim | 16 ago, 2024, 10:26

Francisco José: nos cem anos do “coração que canta”

Voz da canção romântica em língua portuguesa, com enorme sucesso em Portugal nos anos 50, juntando depois igual estatuto no Brasil nos anos 60 e 70, Francisco José nasceu faz hoje 100 anos.

Imagem de Francisco José: nos cem anos do “coração que canta”
Antena 1 Nuno Galopim | 16 ago, 2024, 10:26

Francisco José: nos cem anos do “coração que canta”

Voz da canção romântica em língua portuguesa, com enorme sucesso em Portugal nos anos 50, juntando depois igual estatuto no Brasil nos anos 60 e 70, Francisco José nasceu faz hoje 100 anos.

Com enorme sucesso tanto em Portugal como no Brasil, voz maior da canção romântica em língua portuguesa, com ex-libris na canção “Olhos Castanhos”, que foi caso sério de vendas em ambos os lados do Atlântico, Francisco José junta ainda a uma discografia registada entre os anos 40 e 80, um episódio marcante na história da televisão portuguesa quando, em 1964, comentou, em direto, a discrepância de cachets praticados entre artistas portugueses e estrangeiros, o que levou a RTP a optar por não fazer mais diretos em programas de entretenimento, com únicas exceções para o Festival da Canção e o Natal dos Hospitais.

Nascido em Évora, a 16 de agosto de 1924, Francisco José (aqui não o vou tratar por tio) cantou pela primeira vez em público numa festa de finalistas do liceu, em Évora. Mas a coisa ficou, por ali, como hobbie… Anos depois, quando frequentava o terceiro ano do curso de engenharia civil, em Lisboa, (e trabalhava já no LNEC), apresentou-se no Centro de Preparação de Artistas da Emissora Nacional. O ano era o de 1948. E, perante o entusiasmo de novas perspectivas que então se abriam, o rumo profissional desviou-se de um eventual futuro na engenharia para a música. E nos anos 50, munido já munido um repertório de canções românticas, as primeiras gravadas em Espanha e editadas em discos de 78 rotações, era já uma voz popular em Portugal, iniciando em 1954 um percurso em paralelo no Brasil para onde acabaria por se radicar. Chamavam-lhe então “o coração que canta”.

Depois de primeiros anos de muito trabalho sem resultados gigantes, o sucesso finalmente chegou ao Brasil na alvorada dos anos 60l. E em 1961 tornou-se no primeiro cantor português a obter um sucesso com vendas superiores a um milhão de discos com a canção “Olhos Castanhos”, que se tornaria o seu ex-libris. De facto, depois de Carmen Miranda (na verdade praticamente crescida e criada no Brasil, para onde a família se mudou logo após o seu nascimento) e das irmãs Cidália, Rosália e Milita Meireles, foi mais um caso de sucesso de um português no panorama da música popular no Brasil.

Em 1964, por ocasião de uma viagem a Portugal, Francisco José mudou o modo de a televisão pública lidar (durante dez anos) com o “risco” dos diretos. Numa emissão da RTP (em direto) criticou o modo como os artistas portugueses eram pagos. Falando expressamente contra as indicações que lhe haviam sido dadas depois de ter protestado sobre os valores do seu cachet, notou a enorme discrepância entre os valores que eram atribuídos aos artistas portugueses e os dados aos estrangeiros que ali se apresentavam. Terminada a emissão foi detido e interrogado, iniciando-se um processo que, apesar de não ter tido consequências maiores em tribunal, acabou por levar ao seu quase apagamento mediático deste lado do Atlântico.

O sucesso abraçara-o, até então, de ambos os lados do Atlântico e no Brasil, onde o estatuto não foi beliscado pelo incidente na RTP, chegou mesmo a ter um programa de rádio e um de televisão, tendo gravado música para uma telenovela da TV Tupi em 1968. O impacte no Brasil cruzou os tempos e grandes nomes d música brasileira referiram em diversas ocasiões a sua memória. Fafá de Belém gravou uma versão dos “Olhos Castanhos”, que Caetano Veloso também cantou, neste caso em dueto com Eugénio Melo e Castro.

Sempre que cantava juntava aos alinhamentos canções com referências a Portugal, tendo gravado, na década de 60 canções que traduziam essa relação, então feita mais à distância, como “Recado a Lisboa”, “Escadinha de Lisboa”, “Lisboa à Noite”, “Meu Alentejo” ou “Évora”, tendo ainda registado ora versões de clássicos como o “Uma Casa Portuguesa”, “Nem Às Paredes Confesso”, “O Tempo ! Volta Pra Trás”, “Lisboa Antiga” e “Coimbra” ou êxitos recentes da canção ligeira como “Lado a Lado”, “Vendaval”, “Só Nós Dois” ou “Alcobaça” nos anos 60, tendo na década de 70 recriado “Guitarra Toca Baixinho”, “Canoas do Tejo”, “Eu e Tu” ou “Pedra Filosofal”. No álbum “Ó Tempo Volta Pra Trás” , gravado em 1967, cantou um soneto de Camões para o qual ele mesmo fez a música.

A sua longa presença no Brasil, com casa no Rio de Janeiro, em Copacabana, levou-o também a refletir essa mesma relação através de canções como “A Guanabara Se Vestiu de Chita” tendo, em 1962, lançado o álbum “Sucessos De Ouro Da Música Romântica Brasileira”. Expressamente criadas para si tornaram-se êxitos canções como “Olhos Castanhos”, “Estela da Minha Vida” ou “Como é Bom Gostar de Alguém”, todas elas assinadas pelo maestro Alves Coelho Filho, que foi talvez o mais marcante dos seus colaboradores criativos. O fado-canção, o bolero, o samba, foram géneros maiores numa discografia que o definiu sobretudo como cantor romântico. Regressado de vez a Portugal já na década de 80 do século XX, dividiu o seu tempo entre derradeiras gravações, entre as quais “As Crianças Não Querem a Guerra”, single de 1983 e o retomar de um percurso académico, tendo chegado a dar aulas de matemática. Morreu em 1988 com 63 anos.

Texto de Nuno Galopim

Para assinalar o centenário de Francisco José, João Carlos Callixto esteve à conversa com Rui Santos na manhã da Antena 1:

Imagem de O centenário de Francisco José

O centenário de Francisco José

Assinalamos hoje 100 anos do cantor português Francisco José - para reforçar esta data, João Carlos Callixto esteve à conversa com Rui Santos na manhã da Antena 1.

Mais Episódios
Francisco José

Pode também gostar

Imagem de Vou Ali e já Venho (Setembro 18)

Vou Ali e já Venho (Setembro 18)

Imagem de Campeonato do Mundo FIFA 2018

Campeonato do Mundo FIFA 2018

Imagem de Waldemar Bastos no “Viva a Música”

Waldemar Bastos no “Viva a Música”

Imagem de Fernando Cunha no “Viva a Música”

Fernando Cunha no “Viva a Música”

Imagem de Festival da Canção 2021

Festival da Canção 2021

Imagem de Rali de Portugal 2016

Rali de Portugal 2016

Imagem de Susan Palma-Nidel – “Lisboa Íntima”

Susan Palma-Nidel – “Lisboa Íntima”

Imagem de “Avatar”: águas passadas e presentes

“Avatar”: águas passadas e presentes

Imagem de Ana Laíns no “Viva a Música”

Ana Laíns no “Viva a Música”

Imagem de Hélder Moutinho no “Viva a Música”

Hélder Moutinho no “Viva a Música”

PUB
Antena 1

Siga-nos nas redes sociais

Siga-nos nas redes sociais

  • Aceder ao Facebook da Antena 1
  • Aceder ao Instagram da Antena 1
  • Aceder ao YouTube da Antena 1

Instale a aplicação RTP Play

  • Apple Store
  • Google Play
  • Contactos
  • Frequências
  • Programas
  • Podcasts
Logo RTP RTP
  • Facebook
  • Twitter
  • Instagram
  • Youtube
  • flickr
    • NOTÍCIAS
    • DESPORTO
    • TELEVISÃO
    • RÁDIO
    • RTP ARQUIVOS
    • RTP Ensina
    • RTP PLAY
      • EM DIRETO
      • REVER PROGRAMAS
    • CONCURSOS
      • Perguntas frequentes
      • Contactos
    • CONTACTOS
    • Provedora do Telespectador
    • Provedora do Ouvinte
    • ACESSIBILIDADES
    • Satélites
    • A EMPRESA
    • CONSELHO GERAL INDEPENDENTE
    • CONSELHO DE OPINIÃO
    • CONTRATO DE CONCESSÃO DO SERVIÇO PÚBLICO DE RÁDIO E TELEVISÃO
    • RGPD
      • Gestão das definições de Cookies
Política de Privacidade | Política de Cookies | Termos e Condições | Publicidade
© RTP, Rádio e Televisão de Portugal 2025