A garota não, projeto musical da setubalense Cátia Mazari Oliveira, atua no próximo dia 6 de fevereiro de 2020 no CCB, um concerto de celebração do disco de estreia e a primeira grande apresentação do projeto em Lisboa.
A antecipar este concerto, a artista reedita o seu disco de estreia "Rua das Marimbas n.º7", que terá agora distribuição física a nível nacional. Com esta reedição estão agendadas 3 apresentações ao vivo nas FNACs Colombo, Almada e Chiado.
Depois destes showcases está agendado para 6 de fevereiro no CCB o concerto de apresentação d’A garota não, onde não faltarão os temas que, na ainda curta carreira da artista, já deixam marca no seu repertório, tais como o single "No dia do teu casamento" e "Adamastor".
"Rua das marimbas n.7" é o primeiro disco de longa duração de A garota não, onde canta “o que dói, o que faz rir, o que os dias trazem quando neles se derrama a vida: na delicadeza, respeito, relações, sonhos e amor", explica a artista.
Com produção de Sérgio Mendes, conta com um colectivo de incríveis músicos: Pedro Nobre, Diogo Sousa, Carolina Inês, Ana Du Carmo, Frankley, Molina.
Quem é A garota não?
Nasce num contexto rico em diversidade e influências: "No meu bairro os vizinhos ouviam música alta, naquele volume que atravessava paredes, patamares, andares inteiros. Do rés do chão ao último andar. De Gipsy Kings a música eletrónica, e pelo meio das escadas os ritmos endiabrados de quem matava as saudades de África. O meu prédio era um verdadeiro território intercultural."
"Eu fui acontecendo no meio disto: a cantar desenfreadamente as canções que aprendia na escola e a gravar as minhas versões nas cassetes originais dos meus pais. Por isso não era de estranhar que numa cassete de Elton John, em vez do Rocket man se encontrassem canções infantis numa voz forçada. Na altura achava que cantar bem era gritar muito."
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"Pouco depois, nas tardes quentes das férias grandes, vem a guitarra e as primeiras composições com amigos. E as palavras que sempre me tinham dançado soltas no lápis e na cabeça, ganhavam pela primeira vez uma casa, um espaço para se reunirem à mesa e se combinarem num significado maior: deixavam de ser ideias soltas e passavam a ser histórias, protestos, catarses, canções. E tem sido assim até hoje", diz-nos A garota não.
No entretanto a artista participou de projetos de Jazz e MPB, e escreveu letras para artistas de Fado. Este ano apresenta-se como A garota não e a sua Rua das Marimbas, álbum já editado digitalmente no início deste ano, estará brevemente disponível nas lojas a nível nacional.