Depois do lançamento do disco Valencianas e de dois espetáculos acompanhado pela Orquestra Ouro Preto que encheram a Casa da Música e Teatro Tivoli em janeiro, o cantor ALCEU VALENÇA está de regresso a Portugal, em nome próprio, para espetáculos em Braga, Sta. Maria da Feira e Sintra, durante o mês de julho.
Esta digressão inclui ainda um concerto no festival VIVA BRASIL na Holanda no dia 18 de julho.
- 11 JULHO – THEATRO CIRCO, Braga
- 13 JULHO – CINE TEATRO ANTÓNIO LAMOSO, Sta. Maria da Feira
- 24 JULHO – CENTRO CULTURAL OLGA CADAVAL, Sintra
Entretanto cantor recebeu dois troféus nos Prémios da Música Brasileira:
- Melhor Disco de MPB para Valencianas (concerto gravado ao vivo com a Orquestra Ouro Preto, apresentado no início do ano em Portugal)
- Melhor Cantor Regional, pelo álbum Amigo da Arte, inteiramente dedicado aos géneros do carnaval de Pernambuco.
Ana Sofia Carvalhêda conversou com Alceu Valença e com o guitarrista e compositor Paulo Rafael
Desta vez, o cantor vem acompanhado pela sua banda formada por Paulo Rafael (guitarra), Tovinho (teclados), Nando Barreto (baixo) e Cássio Cunha (bateria), músicos que fazem parte do ADN do artista.
A alquimia valenciana condensa a genética da música nordestina, com referências ao xote, o forró, a toada, o coco ou a embolada num caldeirão sofisticado e contemporâneo. Sob esta influência, Alceu apresenta sucessos como “Coração Bobo”, “Cabelo no Pente”, “Cavalo de Pau” ou “Táxi Lunar”.
Se no início da carreira, nos anos 70, dizia-se que seu “Papagaio do Futuro” era a embolada do século XXI, a atual “Embolada do Tempo” mostra o quanto seu criador inquieto permanece atemporal.
Sem perder a forte ligação com a tradição, o cantor recria um módulo de canções de Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro, pilares da construção da identidade musical nordestina.
Do sertão ao litoral, a música de Valença também leva aos caminhos ensolarados do Recife, como em “Pelas Ruas Que Andei”. Seu roteiro poético e sentimental conduz a “Belle de Jour” entre os domingos azuis e as tardes femininas da praia de Boa Viagem, enquanto “Anunciação” reverbera os sinais de uma epifania musical. Pela sensualidade de “Girassol”, o amor ganha contornos explícitos em peles morenas e domingos azuis. Como a Morena do mega sucesso “Tropicana”, a criação valenciana tem “saliva doce e carne de caju”.
Estes são alguns dos temas que farão parte desta digressão por Portugal num ano que tem sido marcado pela crescente presença de ALCEU VALENÇA por terras lusas.