Dino D’Santiago, natural de Quarteira, é hoje uma voz do mundo e da mistura. Trabalha a tradição cabo-verdiana com o peso contemporâneo da eletrónica global. No final de 2021 editou o seu mais recente álbum, “Badiu”, com participações de artistas como Branko e Slow J, entre outros. O novo disco, que inclui "Voei de Mim", “Lokura” e “Esquinas”, foi já considerado um dos melhores discos de 2021 por vários meios.
"É o álbum depois da aclamação, obra calorosa onde abraça vários sonhos, sem se desconectar com a realidade dura e complexa. Badiu é o encerrar de uma viagem entre Santiago e Lisboa” – Vítor Belanciano, (Ípsilon, 26 de Novembro de 2021)
Dino D’Santiago, natural de Quarteira, mergulhou na história dos seus ancestrais de Cabo Verde para descobrir estórias dos "Badius" ou vadios, pessoas que foram transportadas pelos portugueses da atual Gâmbia, Senegal e Guiné-Bissau para a Ilha de Santiago, em Cabo Verde. Esses antepassados ficaram na cidade velha e após vários ataques de piratas fugiram para o interior de Santiago, chamados de vadios porque sempre evitaram aculturar-se, misturar-se com os portugueses. "Badiu", que era na altura um termo depreciativo, tornou-se um termo símbolo de resistência.
Os ‘badius’ foram quem "conseguiu manter a tradição dos ritmos que saíram diretamente de África e não se aculturaram tanto como os que ficaram reféns e foram depois vendidos para outros países, outros mercados".
‘Badiu’ era um termo depreciativo, mas acabou por se tornar "um símbolo de resistência". Foi essa característica que lhes permitiu manter mais facilmente os ritmos originais africanos.
A Loulé Dino d’ Santiago traz assim a estreia de "Badiu", álbum que rodará em seguida por Portugal (Coliseu dos Recreios e NOS Alive já confirmados) e pelo mundo.
“Badiu” conta com participações de artistas como Branko e Slow J, entre outros. O novo disco, que inclui “Lokura” e “Esquinas”, foi já considerado um dos melhores discos de 2021 por vários meios.