A vila morena recebe, entre 9 e 11 de junho, o Encontro da Canção de Protesto (ECP), este ano dedicado à música produzida contra as ditaduras do espaço ibero-americano. A programação desta edição, com entrada gratuita, inclui concertos, com músicos nacionais e internacionais, sessões testemunhais e de cinema e a exposição A Canção de Protesto e as Ditaduras Ibero-Americanas, cuja inauguração marca o arranque do ECP.
No primeiro dia, haverá concertos de A Garota Não e Estravagarios, grupo musical que agrega membros históricos de Quilapayún, conjunto representativo do movimento conhecido como Nueva Canción Chilena que foi dirigido por Victor Jara, figura em destaque nesta edição da iniciativa, no ano em que se assinalam 50 anos sobre a ascensão de Pinochet.
No sábado, Miro Casabella, cantor e compositor galego que colaborou com José Mário Branco, Paco Ibáñez, Luís Cília ou José Afonso, tem a seu cargo o primeiro concerto da noite que encerra com a atuação de Vitorino (Salomé). O último espetáculo do ECP, no domingo, junta os músicos da SMFOG – Música Velha e Adélia Botelho para um concerto evocativo do Primer Encuentro de la Canción Protesta, realizado em Cuba, em 1967.
O Cineteatro Grandolense vai acolher as sessões testemunhais e de cinema. No dia 10 junho, promover-se-ão duas sessões de testemunho, Música e Resistência na Ditadura Franquista e A Canção de Protesto na América Latina, bem como a exibição do documentário El Derecho de Vivir en Paz, de Carmen Luz Parot, dedicado a Victor Jara. No domingo, além de Cantamonitos (treze curtas-metragens de animação em stopmotion dedicada às canções latino-americanas), realiza-se a sessão testemunhal Canção de Protesto: dos Últimos Anos da Ditadura aos Cinquenta Anos do 25 de Abril. Como Evocar?.