No passado fim de semana o Cante Alentejano e as nossas tradições
foram até à capital espanhola pela primeira vez, numa ação de promoção
do Festival Terras Sem Sombra, que se realiza no baixo Alentejo em
breve.
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O Festival Terras sem Sombra (FTSS) – Festival de música sacra do Baixo Alentejo, cuja 12.ª edição tem como título Torna-Viagem: o Brasil, a África e a Europa (Da Idade Média ao Século XX), realiza-se em Almodôvar, Sines, Santiago do Cacém, Ourique, Odemira, Serpa, Castro Verde e Beja, com início a 27 de Fevereiro, prolongando-se até 2 de Julho.
É um evento que se realiza desde 2003 e que resulta de uma parceria de sucesso do Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja, com um conjunto de entidades públicas e privadas, além de voluntários que lhe dão corpo organizativo e participativo. Um casamento feliz entre a Cultura e a Biodiversidade, um cartaz de concertos de nível internacional e um conjunto de actividades que reforçam a consciência ambiental.
Associar uma acção de biodiversidade a cada um dos concertos itinerantes do FTSS, educando, sensibilizando e actuando em prol da natureza é o mote diferenciador do Festival Terras Sem Sombra que decorre ao longo de 8 fins de semana, de Fevereiro a Junho de 2016.
Cada um dos concertos ocorre num concelho diferente traduzindo uma visão solidária da região e dos seus habitantes. O Festival promove o diálogo entre as grandes páginas do passado e a criação contemporânea, apresenta jovens compositores e intérpretes e encomenda novas obras a compositores. A componente musical é reforçada pela força do património construído – os concertos têm lugar em igrejas e no Teatro de Serpa – e pela vitalidade de um conjunto de iniciativas de assumida reivindicação ecológica, proporcionando uma grande variedade de temas, expondo as problemáticas da ecologia, da biologia, da paisagem e da biodiversidade alentejana, envolvendo espectadores, artistas, membros das comunidades locais e público em geral que acompanha fielmente o Festival.
Apesar de ser identificado como um festival de música erudita, o programa do FTSS tem um âmbito bastante mais alargado, dialogando com outras tradições musicais,
apostando no desenvolvimento cultural, na defesa da biodiversidade e no conhecimento da paisagem, dando a conhecer as grandes páginas da música sacra, o património construído, o património natural e o infinito horizonte dos campos alentejanos. Como pano de fundo, a excelência da gastronomia e dos produtos regionais de um território a explorar.
De Fevereiro a Junho de 2016, o Alentejo será uma verdadeira Terra da Música