Prémio Especial do Júri na secção Un Certain Regard no Festival de Cannes, o mais recente filme de João Salaviza e Renée Nader Messora, resultado de vários anos de convívio com o povo indígena krahô do norte do Brasil, propõe uma viagem, entre documentário e ficção, na cultura indígena pelos olhos de um adolescente confrontado com o luto do pai e dividido entre desejo de modernidade e tradições ancestrais.
Esta noite, os espíritos e as cobras ainda não apareceram. A floresta ao redor da aldeia está calma. Ihjãc, quinze anos, tem pesadelos desde que perdeu o pai. Ele é um índio Krahô, do Norte do Brasil. Ihjãc avança na escuridão com o corpo suado. Uma voz distante ecoa por entre as palmeiras. A voz do pai chama-o, junto à cascata: chegou o momento de preparar a sua festa de fim de luto para que o espírito possa partir para a
aldeia dos mortos. Rejeitando o seu dever e para escapar do processo de se transformar em xamã, Ihjãc foge para a cidade de Itacajá. Longe do seu povo e da sua cultura, vai enfrentar a realidade de ser um indígena no Brasil contemporâneo.
CHUVA É CANTORIA NA ALDEIA DOS MORTOS, co-realizado com Renée Nader Messora, é a segunda longametragem de João Salaviza, realizador premiado em várias ocasiões pelo filme MONTANHA (Semana da Crítica – Festival de Veneza 2015) e pelas curtas-metragens RAFA (Urso de Ouro – Festival de Berlim 2012), ARENA (Palme d’Or – Festival de Cannes 2009) e CERRO NEGRO.
Esta noite, os espíritos e as cobras ainda não apareceram. A floresta ao redor da aldeia está calma. Ihjãc, quinze anos, tem pesadelos desde que perdeu o pai. Ele é um índio Krahô, do Norte do Brasil. Ihjãc avança na escuridão com o corpo suado. Uma voz distante ecoa por entre as palmeiras. A voz do pai chama-o, junto à cascata: chegou o momento de preparar a sua festa de fim de luto para que o espírito possa partir para a aldeia dos mortos.
Rejeitando o seu dever e para escapar do processo de se transformar em xamã, Ihjãc foge para a cidade de Itacajá. Longe do seu povo e da sua cultura, vai enfrentar a realidade de ser um indígena no Brasil contemporâneo.