Um jovem casal, Francisco e Aurora, como milhares na década dos anos 60 do século XX, confrontados com a ausência de futuro em Portugal, partem do interior da região da Beira, de uma terra de pedras bolideiras, arriscando “ir a salto” com a ajuda de um engajador (passador), num hercúleo esforço para atravessarem a acidentada região transmontana, conscientes da ríspida Guardia Civil Espanhola que antecipava a dureza dos intimidantes Pireneus, até à prosperidade das terras de França. Muitos foram enganados e deixados em Bragança, na aldeia de França.
Entre a vida normal e a vida mágica “cada um come do que quer. É o destino. E o que tem de ser tem muita força”, e parece que “ao fim ao cabo, somos obra do diabo”.