12 de Junho | Cine-Teatro Avenida | Castelo Branco
13 de Junho | Casino da Figueira | Figueira da Foz
Real Combo Lisbonense tem recuperado, sob uma perspectiva actual, o espírito e a vocação das antigas orquestras e conjuntos de baile, com um repertório essencialmente constituído por clássicos de sempre e pérolas perdidas da música portuguesa.
Quem conhece Carmen Miranda?
Toda a gente conhece Carmen Miranda. Nem que sejam duas ou três músicas, das cerca de 300 gravadas pela cantora mais internacional alguma vez nascida em Portugal.
Levada ainda bebé de uma aldeia junto a Marco de Canaveses, Carmen foi para o Rio de Janeiro, cresceu brasileira e nunca voltou à terra onde nasceu. Apesar disso nós, portugueses, podemos estabelecer uma ligação cultural e afectiva a partir das suas origens: o quotidiano familiar cheio de memórias; a primeira música que cantarolou aos cinco anos, um fado que lhe ensinou a irmã mais velha; o contexto do Rio no início do século XX, com uma enorme população de imigrantes portugueses; a presença de Dona Maria, a mãe, ao longo da vida. Tudo isto deixou marcas na personalidade de Carmen.
De Várzea de Ovelha a Hollywood, com longa escala carioca, ela cresceu com o samba e a malandragem da Lapa, subiu na fama internacional até ao topo, mas nunca desistiu do passaporte português.
Quase 60 anos depois da sua morte, o legado de Carmen Miranda continua ausente da música feita em Portugal. É essa falha que o Real Combo Lisbonense vem colmatar, com um espectáculo totalmente novo que atravessa quase três décadas de história musical, através de um repertório de sambas, marchinhas e outros ritmos tropicais.