A Sétima Legião vai voltar aos palcos para assinalar a passagem de 40 anos sobre o início de um percurso que marcou a história da música portuguesa nas décadas de 80 e 90. Este reencontro, que serve também para homenagear o produtor e teclista Ricardo Camacho, desaparecido em 2018, faz-se na Culturgest (Lisboa) em duas noites consecutivas nos dias 1 e 2 de dezembro, contando com o apoio da Antena 1
Em palco a Sétima Legião apresenta-se com Pedro Oliveira (voz e guitarra), Rodrigo Leão (baixo e teclas), Nuno Cruz (bateria, percussão), Gabriel Gomes (acordeão), Paulo Marinho (gaita de foles, flautas), Paulo Abelho (percussão, samplers) e Francisco Menezes (letras, coros), contando os concertos ainda com a presença de João Eleutério (nas teclas), músico que tem integrado a banda de Rodrigo Leão.
O grupo surgiu em 1982 mostrando logo o seu single de estreia, Glória (editado em 1983), sinais de procura de novos caminhos para a música pop/rock cantada em português. A música da Sétima Legião começou por traduzir reflexões sobre formas musicais pop/rock escutadas além-fronteiras, mas com o passar dos tempos mergulhou numa busca de identidade, assimilando gradualmente ecos de expressões tradicionais portuguesas.
De momentos de sucesso maior como Sete Mares ou Por Quem Não Esqueci a discos menos populares, mas determinantes no processo de evolução do som do grupo, como O Fogo (1992) ou Sexto Sentido (1999) o percurso da Sétima Legião é hoje reconhecido entre os mais marcantes da história recente da música portuguesa. Elementos do grupo estiveram depois presentes em outros projectos entre os quais os Madredeus, Cindy Kat ou nos Gaiteiros de Lisboa, que assim podemos entender como casos de descendência da Sétima Legião.