O novo espectáculo da Teresa Salgueiro é simultaneamente uma celebração dos seus 12 anos de carreira a solo e um apelo a uma tomada de consciência para os exigentes desafios de humanização do mundo actual.
- Dia 4 de novembro no Porto – Casa da Música
- Dia 5 de novembro em Lisboa – Centro Cultural de Belém (CCB)
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O tema que dá nome à digressão mundial tem como base o poema “Alegria” de José Saramago (in “Provavelmente Alegria”, 1970), musicado por Teresa Salgueiro e que foi estreado ao vivo no México. A ideia era surpreender a jornalista Pilar Del Río, que esteve presente no concerto, e com quem a Teresa mantém uma estreita amizade.
Para a cantora, o tema reflete e reafirma o direito à Alegria como fruição total da vida, que todos temos o dever de proporcionar ao próximo e de implementar no mundo. Numa altura em que, tendo conhecimento da realidade global social, se reconhecem tantas injustiças e quebras de liberdade, Teresa considerou importante declarar a Alegria em conjunto, como um manifesto.
Na era da digitalização, que tudo converte e reduz a números e algoritmos, o símbolo cardinal está associado à voracidade com que a realidade se transforma e reparte; por isto o afilia à palavra – numa tentativa de readequar o seu uso, tão costumadamente fugaz, associando-o à relevância de celebrar a urgência de edificação de uma sociedade humana que se quer verdadeiramente justa e respeitadora do cumprimento dos deveres, direitos e liberdades dos indivíduos, inseridos no ecossistema de que dependem e que integram.
O concerto irá reflectir os últimos 12 anos do seu percurso na música que, desde a saída dos Madredeus em 2007, correspondem precisamente ao período que marca a sua independência enquanto intérprete e produtora e, desde 2012, à sua afirmação enquanto autora da música e palavras que canta, reunidas nos álbuns “O Mistério” e “O Horizonte”.
Para além dos novos arranjos para os temas originais, escolheu de discos que gravou anteriormente canções que reflectem a sua admiração pela música popular de diversas épocas e a pluralidade cultural de várias latitudes que tem tido a felicidade de visitar nos seus 32 anos de carreira. São músicas que representam o seu pensamento e visão do mundo e do ser humano como agente de mudança. São temas que ilustram a sua capacidade interpretativa única, a versatilidade do seu instrumento vocal, bem como dos músicos que elegeu para a acompanhar:
José Peixoto – Guitarra
Fábio Palma – Acordeão
Óscar Torres – Contrabaixo
Rui Lobato – Bateria, percussão e guitarra