José Carlos Ary dos Santos nasceu no dia 7 de Dezembro, na Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa. Mas terá sido em 1936? Ou em 1937? O seu biógrafo, Alberto Bemfeita, autor de “Ary dos Santos, o Homem, o Poeta, o Publicitário”, uma fotobiografia, desfaz esta dúvida, numa conversa com João Carlos Callixto.
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Nuno Nazareth Fernandes, que com Ary dos Santos escreveu "Desfolhada", para Simone de Oliveira, ou "Menina do Alto da Serra", para Tonicha, ambas canções vencedoras do Festival RTP da Canção, recorda o companheiro, numa conversa com João Carlos Callixto.
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Em 1969, tinha Ary 33 anos e Fernando Tordo 21, inicia-se uma longa parceria de escrita de canções, de que "Tourada", em 1973, é apenas um (grande) momento.
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José Carlos Ary dos Santos
Irreverente e rebelde, não foi um aluno exemplar tendo-se limitado a acabar o curso do liceu.
O seu início como poeta não foi fácil. Se bem que o seu primeiro livro "Asas" remonte a 1953, tinha ele 16 anos, é quase a meio da década de 60 que Ary dos Santos inicia de facto a sua carreira de poeta.
E só dez anos depois do primeiro volume, em 1963, surge "A liturgia do sangue".
Seguiram-se "Adereços, Endereços", em 1965, e "Insofrimento, in Sofrimento", em 1969.
Depois do 25 de Abril publica "As portas que Abril abriu" em 1975, e "20 anos de poesia", em 1983.
Trabalha com os nomes mais importantes da música ligeira portuguesa e assume-se, ainda que num contexto nunca totalmente definido, como um anti-regime.
A ligação ao Partido Comunista, a vida de boémio, um modo de ser desbragado e incontido e a assumpção descomplexada da sua condição de homossexual tornaram-se então as suas imagens de marca.
Morreu aos 47 anos de idade.
Bibliografia
1953 – Asas
1963 – A Liturgia do Sangue
1964 – Tempo da Lenda das Amendoeiras
1965 – Adereços, Endereços
1968 – Insofrimento In Sofrimento
1970 – Fotos-grafias
1970 – Ary por Si Próprio
1973 – Resumo
1974 – Poesia Política
1975 – Lllanto para Alfonso Sastre y Todos
1975 – As Portas que Abril Abriu
1977 – Bandeira Comunista
1979 – Ary por Ary
1979 – O Sangue das Palavras
1980 – Ary 80
1983 – Vinte Anos de Poesia
1984 – As Palavras das Cantigas
1984 – Estrada da Luz
1984 – Rua da Saudade