AVÔ CANTIGAS – "GOSTO TANTO DE
TI" é disco Antena 1!
Oiça aqui uma entrevista de Ana Sofia Carvalhêda ao Avô Cantigas
O Avô Cantigas lança a 24 de Maio de 2010, em
parceria com o Comité Português para a
UNICEF, um novo e surpreendente disco – GOSTO TANTO DE TI -, projecto
livremente inspirado nos Direitos da
Criança.
Com GOSTO
TANTO DE TI, um Disco Antena 1 e com o apoio complementar da RTP, o Avô Cantigas concretiza, não apenas a vontade de celebrar os 20 anos da
Convenção para os Direitos da Criança
(Documento das Nações Unidas) como lembrar-nos o quanto é importante fazer dos Direitos da Criança um assunto
merecedor da constante atenção de todos nós; e contribuiu ainda para a UNICEF com os direitos do Artista na
venda do CD. Este Documento, como há 30 anos a Declaração Universal dos
Direitos da Criança já o tinha sido, foi aprovado por unanimidade na Assembleia
Geral das Nações Unidas, sem que até hoje seja merecedor de integral
cumprimento por parte de quase todos os países.
Após 28 anos de continuada carreira na actividade
musical dirigida à infância, cuja estreia televisiva aconteceu na RTP – Passeio
dos Alegres, 1982 -, o Avô Cantigas
concretiza agora um sonho que desde há três anos vinha alimentando
conjuntamente com o seu parceiro de sempre, António Avelar Pinho: produzir e
editar um disco dedicado aos Direitos da
Criança. Teria sido muito fácil cair na tentação de fazer outro
‘Fantasminha Brincalhão’, um dos maiores sucessos de vendas dos últimos anos de
toda a música portuguesa; mas não: GOSTO TANTO DE TI é um disco surpreendente na longa discografia
do artista. Destina-se, claro, ao seu público de sempre: as crianças; mas também a todos os que hoje são pais e que
provavelmente embalaram a sua infância com as canções do Avô Cantigas; e a todos os que se preocupam com os Direitos da Criança.
GOSTO TANTO DE TI é um disco emocional sem ser, de forma alguma, institucional,
e sem deixar de ser lúdico, pedagógico e divertido. Um disco que certamente encantará
as crianças e os seus pais. Afinal, são quase três décadas de uma personagem
que povoa o imaginário infantil de várias gerações: o Avô Cantigas.
GOSTO TANTO DE TI – declaração de amizade que o artista deixa a todas as
crianças – conta ainda com
participações muito especiais de Mafalda
Veiga (em "A Marca da Infância"), Dany Silva (em "Uma Ideia Linda") e Shout
(em "Elas São o Melhor do Mundo"). E ainda com um interessantíssimo
texto do Dr. Eduardo Sá (Quem nos
Canta Uma Canção), que, já o CD se encontrava concluído, viria a inspirar mais
uma cantiga, precisamente a que dá o nome ao disco: Gosto Tanto de Ti – o
primeiro single/clip promocional do projecto.
Quem nos canta uma canção
"As crianças têm
direito a ser enfadonhas e medricas. E a ser rabugentas, desatentas e
trapalhonas. Podem, também, lamuriar-se, sem que tenham motivos consideráveis
para tanto. E seringar a paciência dos adultos, sempre que os sintam
distraídos. Podem ser glutonas, logo que eles as queiram compenetradas e em
sossego. E podem ter a vista na ponta dos dedos e perguntar «porquê?», a torto
e a direito, sobretudo quando as quiserem atiladas.
As crianças têm
direito a não ser elogiadas de forma almofadada, como se o seu coração não
aguentasse senão algodão doce. E a não ser tomadas como sobredotadas ou líderes
natas, e todas as outras coisas que os seus pais, quando se tentam clonar,
imaginam para elas.
As crianças têm
direito a fazer birras. Das estridentes, de preferência. E a chorar com alma.
Por motivos nenhuns, sem que saibam porquê. E podem acreditar em bruxas, em
duendes, no Capitão Gancho ou no Papão. E a considerar que eles vagueiam pelo
quarto, sempre que os pais são insossos nas histórias que lhes contam.
As crianças têm
direito a empoleirar-se nas janelas, para verem um mundo que se acanha quando
se descobre de cima. E a debruçar-se num colo qualquer, se isso lhes der a
certeza que as agarram. Podem imaginar que a Lua as persegue, seja qual for a
rua com que a tentam iludir. E supor que o braço do pai, mais coisa menos
coisa, chega ao céu.
As crianças têm
direito a desejar, para sempre, os pais respirando, de mansinho, o mesmo ar. E
pela mão deles, a crer num coração que se aninha noutro peito. E é por isso que
têm direito a descobrir que uma família se faz com todos os que moram, de
surpresa, no meio de nós. Seja quem nos aconchega com um gesto, quem nos
segreda e sossega, quem se escreve num poema ou quem nos canta uma canção."
Eduardo Sá
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