Uma homenagem aos poetas e aos músicos do mundo é a proposta
de Carlos Alberto Moniz em "Lusofonias" o seu novo trabalho de originais..
Oiça a reportagem de Ana Sofia Carvalhêda.
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CARLOS ALBERTO MONIZ – ‘Lusofonias’é disco Antena 1!
"Carlos Alberto Moniz é um capitão de longo curso com muitas viagens cumpridas em terra, no mar e na vida.
Geração de Zeca Afonso, Adriano Correia de Oliveira, José Barata Moura e alguns mais, guardou a fidelidade aos valores sem tempo e sem expressão material que fazem da nossa vida um livro aberto aos ventos da utopia, da liberdade e da mudança. Ele, talvez por fidelidade à sua orgulhosa, generosa e solidária condição insular, nunca deixou de ser um construtor de pontes, um arquitecto de causas, um companheiro de longas viagens partilhadas. E é justamente esse construtor de pontes que tem neste disco o seu projecto mais ambicioso e, seguramente, o mais conseguido e de maior alcance.
Carlos Alberto Moniz convocou os grandes poetas da lusofonia para fazerem com ele e connosco uma das mais belas e comoventes viagens. Não se limitou a compor melodias, a orquestrá-las e a cantá-las com a excelência de um saber e de uma sensibilidade que, sempre sem alarde, se foi apurando, depurando e enriquecendo. Este disco é um verdadeiro programa de acção musical e poética que materializa, para além da volatilidade dos conceitos, das modas e das boas intenções, uma ideia de lusofonia que se materializou e veio para ficar.
Uma aventura que celebra o património de uma língua comum e um legado de civilização que não aceita fronteiras, preconceitos nem distâncias artificiais.
Este disco, nascido para ser ouvido, sentido e amado, é, afinal, uma nova carta de achamento do melhor que há em nós, plural, partilhado e único, nau de proa apontada ao futuro, continente de virtudes infindas em que havemos de nos resgatar de tudo o que juntos sofremos em nome da luz imperecível que nos enche a alma. É um disco feito com o coração, é a obra que nos engrandece quando tudo parece faltar para conseguirmos ver para além da bruma da incerteza e do medo de voltar a navegar até onde o sonho e a palavra luminosa dos poetas nos quiser levar, sempre em português."
(José Jorge Letria)