Mais de 10 mil homens açorianos partiram para a Guerra do Ultramar.
Em terra deixaram a família e os amigos, mas também a juventude que nunca haveriam de recuperar. Para muitos jovens da época, o grande terror residia na guerra ultramarina. Angola, Guiné, Moçambique… lá perderam a vida muitos dos seus. Do calor de África brotava o sofrimento, o medo e a angústia. O conforto para enfrentar os dias de luta chegava por correio. As “madrinhas de guerra” eram portadoras de notícias e dedicavam-lhes preces. Nas cartas trocadas, manifestavam-se os desabafos mais sinceros, acompanhados por fotografias e até pedidos de relacionamento amoroso.
Veteranos e ex-madrinhas partilham as suas experiências na reportagem “Em nome da Pátria”, conduzida pela jornalista Linda Luz, com sonoplastia de Tiago Matias.