A rádio pública segue “a vontade de dar voz aos jovens”: esta é a premissa do novo podcast da Antena 1, “A Tua Opinião Conta”, com novos episódios às sextas-feiras. Quem o garante é Miguel Soares, que vai recolher a opinião de estudantes do ensino secundário, de norte a sul do país. Em cada episódio, o jornalista vai moderar um debate – gravado ao vivo, perante a comunidade escolar – sobre um grande tema da atualidade, seja nacional ou internacional. A cada mês, uma escola diferente e novas vozes.
No primeiro episódio, regressa à escola que frequentou para ouvir as ideias dos estudantes sobre um conceito que todos usamos, sentimos e reclamamos, mas que nem sempre paramos para tentar avaliar ou decifrar: a liberdade. Participam neste primeiro episódio os alunos Lucas Silva, Gonçalo Santos, Sofia Evchynnyk, Luana Reis, Alina Khismatullina e Lara Silva. A assistência técnica é de Rui Fonseca e Cláudio Calado.
“Já tinha a convicção de que os ouvíamos pouco e que podem ter uma palavra a dizer sobre as grandes questões da atualidade, os assuntos que os preocupam, os temas que lhes interessam. Um inquérito da UNICEF Portugal revelado este ano, reforçou a minha convicção”, reforça Miguel Soares. “Os jovens portugueses sentem-se cada vez mais ouvidos, é certo, mas a maioria diz que é raro que os adultos lhes peçam opinião e muitos consideram que mesmo quando participam, as suas ideias e propostas não têm influência, ou seja, sentem que a opinião que têm, não conta. Ora, aqui a opinião deles conta e daqui nasce este podcast.”
Porquê o foco nos alunos de 12.º ano? “Porque estão no limiar da maioridade, estão prestes a entrar no ensino superior, têm uma maturidade assinalável já e uma capacidade para interpretar o mundo que os rodeia.” Procuram-se os alunos com maior “desejo e capacidade de expressar as suas ideias, sem perder de vista essa preocupação com a igualdade de género, origens sociais, etc.”, enquanto as escolas são escolhidas “em função da sua localização geográfica e contexto procurando ter o máximo de diversidade possível”.