Nascida em Oliveira de Azeméis, Ana Margarida foi embalada ao som do Fado pelos braços de sua mãe. Estudou piano e música clássica dos 6 aos 18 anos e durante o seu percurso académico apaixonou-se pelas músicas do mundo, fez teatro musical, mas o Fado foi e será sempre o seu primeiro e grande amor. Entre as memórias mais bonitas da sua infância guarda as horas a fio a cantar com sua mãe e irmã Fados de Teresa Tarouca, Teresa Silva Carvalho, Maria da Fé e Amália, pela casa e a caminho da formosa cidade da Guarda, terra de sua mãe.
O seu percurso profissional começou no Porto onde, em 2008, recebeu o Prémio Revelação da Gala de Fados do Teatro Sá da Bandeira. Após a sua mudança para Lisboa, tem cantado em algumas das Casas de Fado mais emblemáticas da cidade: Sr. Vinho, Adega Machado, A Severa, Fado ao Carmo e Maria da Mouraria. Em 2011 levou o seu Fado pela primeira vez além-fronteiras, até à Suíça. Desde então atuou várias vezes em Espanha, França, Suíça, Holanda, Alemanha, Rússia, Roménia, Luxemburgo e recentemente em Marrocos, Polónia, Bélgica e Namíbia.
Foi convidada a integrar vários projetos musicais de relevo: +351 – Os Fados de João Gil e João Monge; Bela Ensemble e Rio Lisboa, onde deu voz ao single do disco Moça Morena. Em Março de 2022 iniciou uma residência artística na Fábrica Braço de Prata com o desafio de o Fado ser acompanhado por diferentes sonoridades e formações e a liberdade para explorar e desenvolver a sua versatilidade como intérprete, cantora e fadista.
O disco de estreia de Ana Margarida será editado em 2023 pelo Museu do Fado.