A Antena 1 começa a fazer uma ronda por algumas das frentes de criação artística. E hoje a conversa destaca algumas tendências que marcaram o panorama musical da música popular à escala internacional em 2022. Uma vez mais não se trata de estabelecer uma lista “melhores do ano”, mas antes juntar aqui mais algumas reflexões que o ano lançou. E para revistar nomes, discos e acontecimentos do ano contamos hoje com Álvaro Costa (uma das vozes da Terra Média) e Pedro João Santos, da equipa do multimédia da Antena 1. A moderação é de Nuno Galopim.
Os olhares por 2022 partem em volta das consequências da Guerra na Ucrânia, com a destruição de grande parte de uma rede profissional que ali assegurava uma das mais pungentes cenas musicais do leste europeu. A presença de artistas ucranianos em festivais, a aposta na edição digital, a vitória na Eurovisão e até uma colaboração do vocalista de uma banda local num single que representou a primeira edição dos Pink Floyd após muitos anos de silêncio são peças para o retrato comentado.
A estas geografias do som junta-se logo depois a constatação de como, seguindo sinais que vinham já de anos anteriores, a música estar a deixar de ter a língua inglesa como a única capaz de criar êxitos e carreiras sustentadas no plano global. Vozes desta descentralização, a espanhola Rosalía (na imagem) e a brasileira Anitta são dois exemplos a reter entre a história de 2022.
Nem só de novidades se vive o “novo normal”. O sucesso de Running Up That Hill de Kate Bush (por via da inclusão da canção na série Stranger Things) é um caso que, juntamente com novas propostas geradoras de êxito nascidas em redes sociais (como o TikTok) passam ainda por uma conversa que destaca ainda um mapa de grandes reedições que envolvem nomes como os de David Bowie, os Beatles, Joni Mitchell ou Neil Young.