Veja os vídeos de A Vida em Comum: Fada do Lar do disco A1 Romance(s) de Aldina Duarte.
“Fada do Lar” | A Vida em Comum
JÁ FIZ A SOPA,
PASSEI A ROUPA,
VARRI O CHÃO.
DOBREI LENÇÓIS,
ESTENDI RISSÓIS
COMPREI O PÃO.
Será isto a vida em comum?
A Vida em Comum: Fada do Lar (Parte 1)
(Música de Armando Freire – Letra de Maria do Rosário Pedreira)
Voz: Aldina Duarte
Viola: Rogério Ferreira
Guitar: Paulo Parreira
A Vida em Comum: A Fada do Lar (Parte 2)
(Arranjos de Pedro Goncalves / Música de Armando Freire – Letra de Maria do Rosário Pedreira)
Voz: Aldina Duarte
Contrabaixo: Pedro Gonçalves
Guitar Acustica: Pedro Gonçalves
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Disco Romance(s)
Chama-se Romance(s) o novo disco de Aldina Duarte. É um disco duplo.
Nele, Aldina Duarte canta, à guitarra e à viola, pela primeira vez, um romance escrito em verso, por Maria do Rosário Pedreira, para as melodias do fado tradicional.
O fado deste encontro de duas amigas, inesperadamente, passou a ser o fado de três amigos; Pedro Gonçalves, produtor musical do disco, inventa uma espécie de banda sonora para a mesma história, na qual Aldina Duarte reinterpreta os temas originais, sem guitarra nem viola, e com a participação de Ana Moura, Filipa Cardoso e Camané, surgindo assim um disco duplo que só podia chamar-se Romance(s).
“Abri o email e li-o com muita atenção. Era um convite para produzir este disco que tem nas suas mãos. Depois ligaram e só aí percebi que era realmente eu o destinatário e pensei: “Não percebo nada de fados…Nem sei se percebo alguma coisa de música”.
Ao conhecer melhor a Aldina e todo o seu mundo percebi, creio, que para ser fadista tem de se possuir qualidades raras: o profundo e sincero empenho, a entrega absoluta e uma generosidade abissal para com a música, músicos e ouvintes.
Passei semanas a pensar e experimentar, sem sucesso, soluções para este disco. Ouvi fadistas de várias gerações e estilos, música de todo o tipo, mas continuava sem encontrar a solução. Sabia apenas que para mim o fado era como filigrana e a simples ideia de o transformar num mutante criava-me calafrios. Até que o meu amor, Ainhoa Vidal, me revelou esta ideia genial de fazer dois discos. O primeiro seria de fado e o segundo a minha visão/versão destes fados. No fundo resumia-se a contar a mesma história como que através de pessoas diferentes.
Maior presente do que poder trabalhar com uma artista tão completa como a Aldina, foi ganhar a sua amizade e poder conhecer uma das pessoas mais extraordinárias que esta vida me deu.
Continuo sem perceber nada de fados, mas ganhei uma grande amiga para a vida.”
Texto de Pedro Gonçalves