Quatro canções foram apuradas este fim de semana, conquistando assim os respetivos passaportes para Liverpool. Vencedora do Pesma za Evroviziju 2023, a canção Samo mi se spava, interpretada por Luke Black (na foto), vai assegurar a representação da Sérvia, país que, outrora integrado na Jugoslávia, se estreou na Eurovisão como nação independente em 2007, arrebatando logo aí a sua única vitória até à data. A canção Samo mi se spava destacou-se entre as 16 que desfilaram na final local, terminando em segundo lugar tanto na votação do júri como no televoto, obtendo mesmo assim a maior soma de pontos. Nascido em 1992, Luke Black (nome artístico de Luka Ivanović) tem obra na música há já uma década, apresentando a sua discografia já uma multidão de singles e EP.
Também a Islândia realizou este fim de semana a final do Söngvakeppnin 2023, que terminou com a vitória de Power, da cantora Diljá, que de destacou entre as cinco concorrentes finalistas, numa votação em dois rounds que contou tanto com um júri internacional como com o televoto. Nas semifinais do Söngvakeppnin as canções são apresentadas nas versões originais em islandês, mas na final podem ser levadas a concurso em inglês. Diljá é um nome conhecido na Islândia desde que, então com 12 anos, concorreu à versão local do Got Talent, em 2015.
A Alemanha realizou também este fim de semana o Unser Lied für Liverpool, que chegou ao fim com o triunfo da banda de metal Lord Of The Lost, com Blood & Glitter, canção escolhida sobretudo pelo voto do público, já que o júri internacional a colocara apenas em quinto lugar. Formados em Hamburgo em 2007 os Lord Of The Lost têm já vários álbuns editados, o mais recente apresentando como título a canção que agora vão levar a Liverpool. Com uma história na Eurovisão que recua à edição inaugural, em 1956, a Alemanha conta no seu palmares com duas vitórias, a primeira em 1982 com Nicole (Ein Bisschen Frieden), a segunda em 2010 com Lena (Satellite).
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Na Moldova, por sua vez, o Etapa Națională 2023 deu a vitória a Soarele și Luna, de Pasha Parfeny, que já representou o país em 2012, tendo então ficado classificado em 11º lugar na final. Das 30 canções concorrentes ao Etapa Națională deste ano chegaram dez à final, tendo Soarele și Luna alcançado os 12 pontos tanto do júri como do televoto. Pavel Parfeni integrou os SunStroke Project entre 2008 e 2009, antes contudo das duas ocasiões em que o grupo representou a Moldova na Eurovisão. O país estreou-se no concurso em 2005 e o seu melhor resultado é um terceiro lugar, obtido em Kiev em 2017, precisamente com os SunStroke Project.
Além destes quatro concursos foram reveladas este fim de semana as escolhas internas feitas por Chipre e os Países Baixos. Break a Broken Heart, por Andrew Lambrou, é a escolha de Chipre e revela um cantor de ascendência greco-cipriota, mas que vive na Austrália, tendo de resto sido um dos concorrentes do Australia Decides 2022. Chipre estreou-se na Eurovisão em 1981 e tem como melhor classificação o segundo lugar que Eleni Foureira conquistou em 2018 em Lisboa.
Pelos Países Baixos teremos em Liverpool a dupla Mia Nicolai & Dion Cooper com Burning Daylight, canção escrita por ambos em colaboração com Duncan Laurence (o vencedor em 2019) e ainda Jordan Garfield. Tanto Mia como Dion têm já discos em nome próprio. Tal como a Alemanha, os Países Baixos estão na Eurovisão desde 1956, somando desde então cinco vitórias com Corry Brokken (1957), Teddy Scholten (1959), Lenny Kuhr (1969), os Teach-In (1975) e Duncan Lawrence (2019).