Neste Dia Nacional do Doente com AVC, chama-se a atenção para os perigos dos acidentes vasculares cerebrais, sendo esta a principal causa de morte e de incapacidade em Portugal. As regiões do interior são as mais afetadas, devido à falta ou atraso de assistência médica. A mortalidade do AVC é maior em mulheres do que em homens. Segundo a Organização Mundial de Saúde morrem anualmente mais de 3 milhões de mulheres no mundo devido ao ACV.
Os acidentes vasculares cerebrais matam em média uma pessoa por hora em Portugal, sendo a maior causa de morte e de invalidez no país. Calcula-se que uma em cada seis pessoas venha a ter este problema de saúde. É importante referir que cerca de 25% dos AVC ocorrem em pessoas jovens.
Estes são dados que devemos contrariar através do forte investimento em estilos de vida saudáveis, muitas vezes negligenciados pelo modo vida moderno”, refere a Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral (SPAVC) em comunicado a propósito do Dia do Doente com AVC.
O AVC pode ser reconhecido por sintomas como a boca ao lado, uma assimetria da face com uma das pálpebras descaída; a dificuldade em falar num discurso sem sentido e dificuldade em entender o que lhe é dito, ou a súbita falta de força no braço ou perna; pode ainda ocorrer uma súbita falta de visão súbita ou forte dor de cabeça.
No acidente vascular cerebral existe uma interrupção súbita na circulação sanguínea para o cérebro, que assim fica impedido de receber oxigénio e nutrientes.
Uma vez que o cérebro controla as funções corporais, os sinais irão variar de acordo com a área afetada. Se o AVC atingir a área que controla os movimentos do corpo do lado direito, esse lado irá ficar com a mobilidade reduzida. Como o cérebro também controla os processos mentais mais complexos, como a comunicação, as emoções, o raciocínio e o pensamento, todas estas funções tenderão a ficar afetadas após um AVC.
Como ocorre de forma súbita, pela oclusão ou pela rotura de uma artéria, os seus efeitos no corpo são imediatos.
Deve imediatamente ser contactado o 112 (INEM).
Na recuperação, normalmente longa, os primeiros seis meses são essenciais. E para evitar um novo acidente é necessário tratar as causas que originaram o primeiro AVC.
Ainda mais essencial, para evitar maiores probabilidades de sofrer um AVC, contribuem fatores como não fumar nem beber álcool em excesso, praticar exercício físico regularmente e evitar fatores que aumentem a pressão arterial.