Diz que tanto a terra como o mar guardam memórias e que as escondem em todos os lugares como se ficassem estratificadas, livros paisagem, mesmo que a presença humana tenha sobre as memórias feito novas construções.
Procurar num território as histórias das gentes do mar, litoral e interior, visitar o silêncio no alto da cordilheira, evocar os mantos brancos, ir ao baile mandado, ouvir o corridinho ao som do acordeão, deixar os Maios enfeitarem-se de trapos em culto pagão, ir à Festa da Mãe Soberana e mergulhar em agosto no dia certo para limpar o mafarrico, o belzebu, lidar com a avalanche turística, chegadas e partidas, ambientes noturnos e multiculturalidade, e deixar que a língua se diga inteira: “Atão, Môce Marafade…”