Não é a primeira vez que Sérgio Godinho recorre à canção “Liberdade” para dar mote aos seus espectáculos, precisamente há uma década percorreu os palcos nacionais com uma produção com o mesmo título que inclusive deu origem a um álbum ao vivo homónimo. A passagem de meio século sobre a revolução dos cravos justifica uma nova visita ao seu repertório mais engajado e que em 2024 continua a justificar a exponenciação da palavra “LIBERDADE” e agora, também de “25”, como o dia maior da sua expressão, tal como Sophia imortalizou em “Esta é a madrugada que eu esperava”.
Mas se a canção composta para o álbum “À Queima Roupa” é o elemento aglutinador, o percurso proposto ao público passará em revista a rica discografia de Sérgio Godinho constituída por 20 álbuns em estúdio e 10 registos ao vivo, sem esquecer um olhar atento à “liberdade” que outros anunciaram no último quarto de século e a que Sérgio se propõe dar voz. Isso e um renovado olhar com a cumplicidade de Os Assessores, também por temas que o tempo não fez esquecer mas afastou do palco.