Nome: M.O.M (Madalena Martins)
que não deixa de entrar a seu jeito
Há uma agonia que não deixa ver
o que está depois de ti, depois do fim
E que impõe um ritmo seu,
que mostra imagens de um corpo
que não é meu.
Há uma agonia que vai e vem
que se agarra aos sonhos de não sei quem
e que fica p’ra perceber
o que há de ti, o que há de mim
E que se alimenta de um tempo meu,
que rouba bocados de um corpo
que não é seu.
É uma agonia que pisa,
que arrasta e fez nascer
um sorriso que diz
que amanhã não vai chover.
Há uma agonia que me saiu do peito
que agora corre sem rumo e sem preceito
Há uma agonia que foi sem precisar saber
o que há de ti, o que há de ti.
E que na sua vida escolheu
viver num corpo que não
a esqueceu.
Foi uma agonia sem nome,
que rasgou e fez nascer
um sorriso que disse
que já era hora p’ra voltar a ser.
em dias incertos,
desertos sem pegadas para seguir.
Passos certos que sabem esconder
os caminhos que nos disseram
que é preciso viver.
Mas sei que sabes e sentes
que há um caminho teu,
que podes deixar atrás correntes
e trilhar um outro céu.
Vai, não esqueças de dar passos teus
porque para ver outros céus
é preciso molhar os pés.
E vai, marca os tempos teus,
escreve histórias, levanta véus,
para depois me contares…
Que foi entre desastres e confusões
onde encontraste novos sabores
e um mundo novo para pisar,
um mundo novo para caminhar
passos certos por descobrir
os passos das histórias
que hão de vir.
Vai, não esqueças de dar passos teus
porque para ver outros céus
é preciso molhar os pés.
E vai, marca os tempos teus,
escreve histórias, levanta véus,
para depois me contares…