Nela estão reunidas cerca de 200 obras, de múltiplas disciplinas artísticas, provenientes de instituições e colecionadores nacionais, bem como de prestigiosas instituições inter- nacionais, como o Museo del Prado, o Groeningemuseum de Bruges, a Galleria Naziona-le di Parma ou os Musées Royaux des Beaux-Arts de Belgique.
Retomando, como homenagem, o título de um diálogo sobre a pintura retratística, de Francisco de Holanda (Lisboa, 1517/18-1584), «Do Tirar Polo Natural», a exposição inscreve-se, deste modo, nas comemorações do V Centenário do seu nascimento.
Cruzando obras de épocas muito diferentes, a exposição não pretende ser uma mera antologia dos melhores retratos portugueses, nem uma tentativa identitária de retratar Portugal através dos seus rostos. É, antes, uma reflexão, ou um inquérito, sobre o que é um retrato e o que ele pode, de que impulso surge e quais os seus limites. Não se cinge também às classificações tradicionais de estilos, categorias ou géneros, confrontando obras que, aparentemente, não estariam predispostas a ser confrontadas.