Fados fantasmas e folias o recente trabalho de Zeca Medeiros, atravessa o Oceano Atlântico para 2 concertos…
Oiça a reportagem de Ana Sofia Carvalhêda.
O concerto de Zeca Medeiros tem como fio condutor os novos temas do
recentemente editado "Fados, Fantasmas e Folias", que assinala o
regresso do multifacetado artista açoriano.
Autor de todas as músicas e letras, o músico funde e
confunde o valor da palavra com a tradição e cultura açoriana,
acrescentando-lhe com uma mestria incontornável o tom grave e rouco da
sua voz, ora embalador, ora poderosamente desconcertante. Do espectáculo
farão parte temas como «Camarim – Canção da Timidez», «Eu gosto tanto
de ti que até me prejudico» ou «Movimento da Sombra Chinesa», e ainda
alguns temas dos seus discos anteriores: «Cinefilias e Outras
Incertezas» e «Torna-Viagem».
Mais que um simples concerto, Zeca Medeiros apresenta-nos uma verdadeira
festa de emoções, onde se destaca sua a interpretação intensa e
"clownesca", tão presente em alguns dos temas que compôs para os seus
trabalhos, quer no audiovisual quer no teatro (caso de "O Sorriso da Lua
nas Criptomérias" ou "A Ilha de Arlequim") e que também farão parte do
reportório deste espectáculo.
A entrega de Zeca Medeiros à arte é perfeitamente notória em palco e vai
para além da dicotomia da tristeza e da alegria, dos fados e das
folias, abordando outros "fantasmas", como os da guerra ou os do
quotidiano, estando a autenticidade do artista sempre bem presente nos
cenários teatrais que cria e recria na sua obra.
O disco "Fados, Fantasmas e Folias" tem sido bastante bem recebido pela
crítica especializada, que enaltece "a sua viagem pela tradição popular
portuguesa" e "o valor inquestionável da sua obra".
Uma viagem obrigatória pela história de cada um e pelas memórias comuns de todos os portugueses.
CONCERTOS:
-dia 27 Janeiro no Musicbox em Lisboa às 00h00.
-dia 4 de Fevereiro na ACERT às 21:45 em Tondela no âmbito do "Novo Ciclo Acert"
O espectáculo de Zeca Medeiros tem como fio condutor os temas do seu mais recente disco "Fados, Fantasmas e Folias", recentemente considerado um dos dez melhores discos de música portuguesa do ano tran
"E, depois, há sobre tudo isto a voz dramática de José Medeiros, dramática no sentido teatral do termo, de uma dicção que reflecte a própria experiência de representação do cantor e que alia ao timbre grave um intuito de fala para o outro, mesmo quando o actor se encontra sozinho na cena da canção, sem mais acompanhantes vocais. Boa viagem, pois, a quem chegar e aceitar o convite de "Zeca" Medeiros."
Urbano Bettencourt
"O Zeca nunca canta a mesma canção duas vezes da mesma maneira. Fá-lo com a voz portentosa e única que recebeu dos deuses, mas também com as mãos, o rosto, o coração – o corpo todo, afinal, porque tudo nele é música"
Viriato Teles
"En este terreno que se mueve como pez en el agua destaca ‘Sempre ha-de ficar uma semente’ con el acompañamiento vocal de Mariana Abrunheiro (ecos de Ute Lemper). Pero Medeiros siempre encuentra espacio y disposición emocional para la canción, bien con el único acompañamiento del piano u otros instrumentos. ‘Barco Feiticeiro’ es uno de esos momentos tiernos y acariciantes. Este viaje por el océano lleva hasta historias de leyenda tan conocidas como la de ‘Moby Dick’, la ballena blanca, con una atmósfera celta y uno de los arreglos más brillantes del disco (…) Aconsejable, muy aconsejable.
Maxi de La Peña, jornalista especialista em Músicas do Mundo
""Fados, Fantasmas & Folias", um duplo-álbum (mais um luxuoso livro com dezenas de páginas repletas de textos, poemas, fotos, ilustrações…) que faz justiça à arte de Zeca Medeiros. Voz maior da música açoriana e portuguesa, Zeca é também compositor, realizador de cinema (e, principalmente, de históricas séries de TV) , encenador, actor (…) É muitíssimo mais que o "Tom Waits português".
António Pires, Jornal I
"Tirei a tarde de domingo para enfiar as orelhas (e os ouvidos e o mais que estivesse à mão) no novo disco de José Medeiros (o Zeca Medeiros, grande Artista e enorme Cidadão) o CD duplo "Fados, Fantasmas e Folias". Foi uma tarde ainda melhor passada do que eu poderia imaginar com todo o meu desenfreado optimismo. Grande Disco."
António Macedo, Antena 1
"Um cantautor absolutamente referencial na história das últimas décadas da música portuguesa."
Ana Sofia Carvalheda, Antena 1
"José Medeiros surge perante nós como sonhador de mil viagens, amante das rotas e sons do Atlântico que canta naquela sua voz, imensa voz, que trata as palavras com a justiça que elas exigem e merecem."
Mário Lopes, Ípsilon
"O homem está mais velho, o artista amadureceu. A alma encheu-se de mais ilhas, de mais amores, de mais fantasmas, de mais hino à condição humana"
Noticiário RTP Açores
"Ouvi-lo não chega. É preciso vê-lo «a guardar no camarim a sua timidez» e observar a sua metamorfose."
Joana Nogueira, Revista Domingo, Correio dasacto, pelo Jornal de Letras.