Ana Sofia Carvalheda à conversa
com a cantora – compositora Celina da Piedade desvenda as ervas que fazem parte
do seu canto recheado de cores e aromas, e no final bebem um chá de ervas.
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Em O Cante das Ervas, é para o cancioneiro alentejano que somos
puxados, para a simplicidade das palavras que nomeiam o ambiente em que nascem,
para a sintonia com a oralidade, mas também para o som da viola campaniça ou da
flauta de tamborileiro. Tocadas, no entanto, pedindo ao passado e à tradição
que ouse contaminar o presente. Na companhia de Alex Gaspar (contrabaixo,
adufe, vassouras de palha), Diogo Leal (flauta de tamborileiro e tamboril),
Filipa Ribeiro (coros), Fred Gracias (adufe), Marco Pereira (violoncelo) e António
Bexiga (guitarra folk e viola campaniça), Celina da Piedade apresenta seis
canções que cheiram a terra.
E que chegam embrulhadas num prazer físico. Pela
boca se canta e se espalha a tradição, pela boca se bebe o chá do Jardim da Boa
Palavra. Pela boca, de ambas as formas, se sorve o Alentejo. Todos
os temas pertencem ao repertório tradicional do Baixo Alentejo, excepto o "Boa
Palavra", criado por Celina da Piedade e Alex Gaspar, tal como algumas quadras
e algumas melodias presentes nas restantes músicas.
Celina da Piedade voz,
acordeão, metalofone, vassouras de palha
Alex Gaspar contrabaixo,
adufe, bombo, vassouras de palha
Diogo Leal flauta de
tamborileiro
Filipa Ribeiro coros
Fred Gracias adufe
Marco Pereira violoncelo
Antonio Bexiga guitarra
folk e viola campaniça
Direcção artística Alex
Gaspar, Celina da Piedade e Jardim da Boa Palavra
Produção musical Alex
Gaspar, Celina da Piedade e João Eleutério
Produção executiva Alex Gaspar
Gravado entre Dezembro de 2013
e Janeiro de 2014 no Estúdio Armazém 42, em Lisboa, por João Eleutério e Manuel
San Payo
Mistura e Masterização João Eleutério