Foi chefe de redação da Vida Mundial, redator coordenador do jornal O Século e chefe de redação do semanário Avante!, a partir da primeira edição do jornal, em abril de 1974, e até junho de 1995. Fazia também parte da organização do festival desde o seu início, em 1976.
Foi membro das “comissões juvenis de apoio” à candidatura do General Humberto Delgado e esteve preso durante o Estado Novo.
Depois do 25 de Abril, foi chefe de gabinete do Ministro Sem Pasta, Francisco Pereira de Moura, no I Governo Provisório, e deputado à Assembleia da República. Era atualmente responsável na CML pelo Roteiro do Antifascismo e membro do Comité Central do PCP.
O Partido Comunista Português já lamentou a morte, referindo-se ao ex-dirigente como um “intelectual comunista” que “assumiu uma intervenção destacada na atividade do Partido, tendo desempenhado importantes tarefas, cargos e responsabilidades”.
“Ruben de Carvalho teve uma vida de intervenção e de luta na resistência antifascista, no movimento associativo estudantil, abraçou com intensidade a Revolução de Abril e defendeu os seus valores e conquistas”, lê-se na nota de pesar.
“Destacou-se no jornalismo, na imprensa e na rádio. Deixou à sociedade portuguesa um contributo de grande relevo no conhecimento da música, na sua dimensão artística, cultural e social, no plano nacional e internacional, das suas raízes populares à sua dimensão erudita”. Dirigiu, entre 1986 e 1990, a rádio local Telefonia de Lisboa, na qual produziu e realizou diversos programas. Foi membro do Conselho de Opinião da RTP em 2002. Produzia, desde 2009, o programa “Crónicas da Idade Midia” e participou no programa “Os Radicais Livres” na Antena 1.