Martinho da Vila dia 17/7 às 22:00 no Coliseu de Lisboa comemora 40 anos de Carreira !
Biografia
"Martinho José Ferreira nasceu em Duas Barras, Rio de Janeiro,
em 12 de fevereiro de 1938. Filho de lavradores da Fazenda do Cedro
Grande, veio para o Rio de Janeiro com apenas 4 anos. Quando se
tornou conhecido, voltou a Duas Barras para ser homenageado pela
prefeitura em uma festa, e descobriu que a fazenda onde havia nascido
estava à venda. Não hesitou em comprá-la e
hoje é o lugar que chama de "meu off-Rio".
Cidadão carioca criado na Serra dos Pretos Forros, sua primeira
profissão foi como Auxiliar de Químico Industrial,
função aprendida no curso intensivo do SENAI.
Um pouco mais tarde, enquanto servia o exército como Sargento
Burocrata, cursou a Escola de Instrução Especializada,
tornando-se escrevente e contador, profissões que abandonou
em 1970, quando deu baixa para se tornar cantor profissional.
Pai de oito filhos e avô de sete netos, Martinho conservou
o estado civil de solteiro até conhecer Cléo, no início
da década de noventa. Para compensar , em maio de 1993, casou-se
duas vezes com Clediomar Corrêa Liscano Ferreira. No civil
no dia 13 e no religioso no dia 31. E foi o próprio Martinho
quem manuscreveu o convite aos amigos.
Sua carreira artística surgiu para o grande público no III Festival da Record, em 1967, quando concorreu com a música "Menina Moça". O sucesso veio no ano seguinte ,
na quarta edição do mesmo festival, lançando
a canção “Casa de Bamba”, um dos "clássicos"
de Martinho .
Seu primeiro álbum , lançado em 1969, intitulado
Martinho da Vila, já demonstrava a extensão de seu
talento como compositor e músico, incluindo , além
de "Casa de Bamba", obras-primas como "O Pequeno
Burguês", "Quem é Do Mar Não Enjoa"
e "Prá Que Dinheiro" entre outras menos populares
como "Brasil Mulato", "Amor Pra que Nasceu" e "Tom
Maior".
Logo tornou-se um dos mais respeitados artistas brasileiros além
de um dos maiores vendedores de disco no Brasil, sendo o primeiro
sambista a ultrapassar a marca de um milhão de cópias
com o CD "Tá delícia, Tá gostoso"
lançado em 1995.
Hoje, é impossível saber de cor todos os prêmios
que ganhou. Toda essa história está no rico acervo
em sua cidade natal, Duas Barras. Entre os títulos guardados
com carinho estão os de Cidadão Carioca, Cidadão
benemérito do estado do Rio de Janeiro , Comendador da República
em grau de oficial e a Ordem do Mérito Cultural, por sua
contribuição à cultura brasileira. Na coleção
de medalhas, guarda a Tiradentes, além da famosa Pedro Ernesto,
e na carreira musical ganhou em 1991 o Prêmio Shell de Música
Popular Brasileira.
Sua dedicação à escola de samba do coração,
Unidos de Vila Isabel, iniciou em 1965. Antes, participava da extinta
Aprendizes da Boca do Mato. A história da Unidos de Vila
Isabel se confunde com a de Martinho. Desde essa época, assina
vários sambas-enredo da escola.
Também envolvido nos enredos da escola, criou o "Kizomba
A Festa da Raça" que está entre os mais memoráveis
da história dos desfiles, e garantiu para a Vila, em 1988,
seu consagrado título de campeã no grupo especial.
Embora internacionalmente conhecido como sambista, com várias
composições gravadas no exterior, Martinho da Vila
é um legítimo representante da MPB e compositor eclético,
tendo trabalhado com o folclore e criado músicas dos mais
variados ritmos brasileiros, tais como ciranda, frevo, côco,
samba de roda, capoeira, bossa nova, calango, samba-enredo, toada e sembas africanos.
Seu espírito de pesquisador incansável, viaja desde
o disco "O canto das lavadeiras", baseado no folclore
brasileiro, lançado em 1989, até o mais recente trabalho "Lusofonia", lançado no início de 2000,
reunindo músicas de todos os países de língua
portuguesa.
Em setembro de 2000 concretizou, no Teatro Municipal do Rio de
Janeiro, um de seus projetos mais cultuados: a apresentação
do "Concerto Negro". Idealizado por Martinho e pelo maestro
Leonardo Bruno, o espetáculo enfoca a participação
da cultura negra na música erudita.
Para cuidar de suas diversas atividades, criou o Grupo Empresarial
ZFM abrindo as portas para sambistas com um selo musical e inaugurando
sua própria editora, com seu primeiro romance "Joana
e Joanes". "