Ninguém se liberta de nada se não quiser libertar-se.
A acção decorre em Vilamaninhos, interior algarvio, não muito longe do mar, entre o Verão 1973 e a Primavera de 1974. Estamos no Portugal da guerra colonial: há uma madrinha de guerra e um soldado. Mas ecoam memórias da primeira guerra mundial e da implantação da república, e as pessoas desta pequena comunidade, que a emigração reduziu, parecem viver à margem do tempo, ocupadas em reviver o passado, presas em preconceitos ancestrais e conflitos caseiros. Até ao dia dos prodígios, o dia em que a aldeia vê uma serpente a voar…
Com a ironia deste texto de Lídia Jorge, muito próximo do realismo mágico, o espectáculo glosa as contradições tradicionais que estruturam e esclererosam o imaginário português.
O DIA dos PRODÍGIOS – M/12
de Lídia Jorge
Sala Principal do Teatro da Trindade
23 Set a 14 Nov
Quarta a Sábado às 21h00
Domingo às 16h00
Adaptação para teatro e encenação
Cucha Carvalheiro
Cenário
Ana Vaz
Desenho de luz
João Paulo Xavier
Figurinos
Maria Gonzaga
Apoio ao movimento
Madalena Victorino
Direcção Musical
Carlos Mendes
Assessoria Artística
Graça P. Correa
Com:
Carlos Paulo, Cristina Cavalinhos, Diogo Morgado, Elisa Lisboa, Filomena Cautela, Hugo Franco, José Martins, Lucinda Loureiro, Luís Lucas, Maria Emília Correia, Maria Ana Filipe, Rogério Vieira, Teresa Faria e as crianças António Teixeira e Duarte Teixeira