“Cafezinho” é uma reflexão multigeracional sobre o tempo e a finitude, com um elenco de intérpretes de dança, voz e música, entre os 23 e os 61 anos. A pesquisa baseia-se no Café Muller de Pina Bausch e em outras referências do pós-guerra, de reconstrução de lugares, coletivos e íntimos, que foram assolados pela ideia de fim.
Este projeto pretende olhar para clássicos e cânones e pensar no que desejamos que sobreviva ao tempo. Além disso, manifesta o desejo de se sair do purgatório, em que nos encontramos, e criar estratégias que adormeçam as ansiedades para acordar novas pulsões – acariciar potências delicadas e colocar combustível nas potências incendiárias. Cafezinho propõe dançar como quem manda um outro Voyager Golden Record para o nosso futuro e encara o tempo de frente parafraseando Viviane Mozé, que diz: “Tempo, se for para me comer, que seja com meu consentimento e olhando nos meus olhos”!