“Invisível a Meus Olhos” é o título do novo álbum de Paulo Ribeiro. Tradição e reinvenção voltam a conjugar-se numa fusão com sonoridades urbanas que têm influenciado e marcado o seu percurso musical e artístico.
Neste trabalho discográfico, sexto álbum de originais, o cantautor de Beja continua a revelar entrega e fidelidade às suas raízes, compondo canções a partir de um roteiro poético de nomes tão distantes como Al-Mu’tamid e Idris Ibn al-Yaman (poetas Al-Andaluz do séc. XI), Santa Teresa d’Ávila (séc. XVI), Natália Correia ou o encenador e dramaturgo Tiago Rodrigues. Num disco com ainda mais gente dentro, o universo feminino está bem presente nas interpretações de Beatriz Nunes, Idalina Gameiro, Mili Vizcaíno Jaén, Gisélia, Patrícia Silveira e Patrícia Antunes, bem como no acompanhamento musical de Bia Stutz (clarinete) e Ana Santos (violino).
“Invisível a meus olhos” conta ainda com as participações especiais do músico afegão Ustad Fazel Sapand, do tocador de viola campaniça Guilherme Colaço e do Grupo Coral e Etnográfico Os Ganhões de Castro Verde, sendo evidentes os pontos de contacto com o Cante Alentejano, numa evocação em homenagem aos cantadores, homens e mulheres que de geração em geração, têm mantido acesa a chama desta tradição, num ano em que se celebra o 10° aniversário da sua elevação a Património Cultural e Imaterial da Humanidade pela UNESCO. Com etiqueta da editora Açor, de Emiliano Toste, as gravações decorreram no Ponto Zurca Estúdio de Gravação, a produção musical ficou a cargo de Paulo Ribeiro e Jorge Moniz (também na bateria), acompanhados pela banda que se completa com Luís Barrigas (piano e teclados), João Custódio (baixo e contrabaixo), João Vitorino e Daniel Neto (guitarras acústicas e elétricas).