O Observatório da Canção de Protesto (OCP) é um organismo resultante da parceria entre o Município de Grândola, entidade promotora, a Associação José Afonso, a Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense, e os institutos da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical (CESEM), Instituto de Etnomusicologia – Centro de Estudos em Música e Dança (INET-md), e Instituto de História Contemporânea (IHC).
Os seus objectivos são o estudo, a salvaguarda e a divulgação do património musical tangível e intangível da canção de protesto produzido durante os séculos XX e XXI, através da realização de iniciativas culturais diversas.
No âmbito da atividade do OCP irá realizar-se em Grândola, entre os dias 17 e 20 de Setembro de 2020, uma nova edição do Encontro da Canção de Protesto, com espectáculos musicais, exposições e documentários dedicados à temática do exílio, e colóquios, sessões testemunhais e de canto livre em que estarão presentes figuras relacionadas com os universos de José Mário Branco e com a canção de protesto, nomeadamente Afonso Dias, Agnès Pellerin, Alexandre Alves Costa, Alberto Carrillo Linares, António Duarte, António Branco, Ana Matos Fernandes (Capicua), Carlos Fragateiro, Carlos Guerreiro, Domingos Morais, Flávio Almada (LBC Soldjah), Francisco Fanhais, Hélder Costa, João Carlos Callixto*, João Lóio, João Madeira, Joaquim Vieira, José Fortes, Luís Cília, Manuel Deniz Silva, Manuel Freire, Manuel Pedro Ferreira, Mário Vieira de Carvalho, Nuno Santos (Prétu Chullage), Rita Azevedo Gomes, Rui Cidra, Rui Vieira Nery*, Salwa Castelo-Branco*, Sérgio Godinho, Soraia Simões de Andrade, Tino Flores e Viriato Teles*.
O Encontro iniciará em 17 de Setembro às 21h no Cine Granadeiro com a inauguração da exposição organizada pelo Observatório da Canção de Protesto e idealizada para itinerância Emigração, exílio e canção de protesto, seguindo-se, às 21h30m, no mesmo local, o espectáculo de leituras encenadas da Associação Artística Andante (Prémio LER+ em 2019) À MARGEM (de uma certa maneira) — O canto do exílio.
Na sexta-feira, dia 18 de Setembro às 21h30m Sérgio Godinho e os Assessores irão promover em Grândola, no parque de feiras e exposições, uma viagem musical pela profusa carreira do cantor, compositor, escritor, actor de teatro e cinema, com a recriação de algumas canções que marcaram os discos Os sobreviventes e Pré-Histórias — gravados em 1972 e 1973, respectivamente, quando este se encontrava no exílio em França – e a interpretação de outras, mais ou menos recentes, poeticamente associadas ao conceito de exílio.
Sábado, dia 19 de Setembro, o Cine Granadeiro acolherá, entre as 10h e as 13h30m, e as 15h e as 18h, um conjunto de sessões testemunhais dedicadas aos universos de José Mário Branco — protagonizadas por Agnès Pellerin, Alexandre Alves Costa, António Branco, Ana Matos Fernandes (Capicua), Carlos Fragateiro, Domingos Morais, Flávio Almada (LBC Soldjah), Francisco Fanhais, Hélder Costa, João Madeira, Luís Cília, Manuel Deniz Silva, Manuel Pedro Ferreira, Mário Vieira de Carvalho, Nuno Santos (Prétu Chullage), Rita Azevedo Gomes, Rui Cidra, Sérgio Godinho e Tino Flores.
Durante a noite, no mesmo espaço, às 21h30m, decorrerá a apresentação de um espectáculo inédito intitulado Uma mão cheia de vozes na luta, com a actuação de membros do Grupo de Acção Cultural – Afonso Dias, António Duarte, Carlos Guerreiro, Tino Flores e João Lóio.
O Encontro da Canção de Protesto de 2020 encerrar-se-á no domingo, dia 20 de Setembro, no Cine Granadeiro, com o encontro-colóquio Contra as ditaduras erguer a voz e cantar, com a participação de alguns membros do Conselho Consultivo do Observatório da Canção de Protesto — Ana Matos Fernandes (Capicua), Nuno Santos (Prétu Chullage)*, João Carlos Callixto*, José Fortes, Joaquim Vieira, Manuel Freire, Salwa Castelo-Branco*, Viriato Teles*, Soraia Simões de Andrade e Rui Vieira Nery* — e o convidado Alberto Carrillo Linares, a exibição do documentário Les Printemps de L’ Exil — legendado para o propósito — e a actuação do Coro da Casa da Achada – Centro Mário Dionísio.
A entrada em todas as iniciativas é gratuita mediante reserva antecipada de lugar através do número 269 448 030 e sujeita à lotação da sala.