Quando ouvimos falar de tragédia grega vem-nos logo a imagem de deuses e heróis distantes, guerras, mortes, destino… O destino dos homens na mão dos deuses, o destino dos homens nas suas próprias mãos. E o que fazer quando os deuses nos põem à prova? Ou quando escolhemos o nosso próprio destino? Seremos deuses?
Confrontar-nos com um texto destes é sermos convocados a fazer parte dele e, enquanto indivíduos, a fazer parte do espetáculo; tomarmos partido e continuarmos a pensar sobre o papel da cidade na vida dos homens. É voltarmos às bases do que somos hoje. Os gregos são incríveis nisso de nos chamar para fazermos parte da noite: ouvir a voz da cidade, dos deuses e dos homens; como se todos fossem um só. É o que queremos fazer: pensarmos em nós, hoje.
Oresteia é um conjunto de três peças do dramaturgo grego Ésquilo: Agamémnon, Coéforas e As Euménides. É por muitos considerada a grande obra-prima de Ésquilo e da literatura ocidental, tendo sido representada pela primeira vez em 458 a. C., nas festas dionisíacas de Atenas. A obra aborda temas como a culpa e a expiação, o sentido do sofrimento humano, a responsabilidade do homem em relação aos outros homens e a consciência frente ao destino.
CCB (Pequeno Auditório):
- 17, 19, 21, 22, 23 e 24 fevereiro 2018 | 21:00
- 18 fevereiro 2018 | 16:00
Ésquilo autor
Tónan Quito direção
Patrícia Costa consultadoria artística
Miguel Castro Caldas versão e dramaturgia (a presente versão teve como base a tradução de Manuel de Oliveira Pulquério e de José Pedro Moreira (Agamémnon) e foram consultadas as traduções e versões de Robert Fagles, Ted Hughs, Tony Harrison e Pier Paolo Pasolini)
Cláudia Gaiolas, Francisco Camacho, Isabel Abreu, Miguel Borges, Tónan Quito, Vera Mantero interpretação
F. Ribeiro cenografia
Daniel Worm desenho de luz
Pedro Costa desenho de som
José António Tenente figurinos
Dead Combo música
Miguel Castro Caldas Adaptação de texto e dramaturgia
Otelo Lapa assistência de encenação
Apoio O Espaço do Tempo