Em S.M.L.LX, Ana Aragão apresenta um projecto sobre Lisboa. Perante a voracidade das transformações urbanas que alteram a paisagem da cidade e os modos de vida quotidianos através da adição (consumo, turismo, densidade, velocidade), propõe-se o contraponto do esvaziamento e um elogio da ausência.
Através da supressão e reorganização gráfica do existente, a ficção substitui a realidade:
E se a baixa pombalina desaparecesse, dando lugar a uma enorme praça? E se os quarteirões de traça regular se prolongassem para baixo e para cima, conquistando pisos infinitos, transformando-se num objecto
urbano abstracto de halo utópico?
E se a História se escrevesse pelo Não ao invés do Sim? A História do Cerco de Lisboa, de José Saramago, é rasurada com corte, propondo uma definitiva forma de ler – em direcção ao esquecimento. Num futuro
paralelo, Lisboa é outra: a cidade real dá lugar à cidade imaginária, entre a memória e o porvir.
Sempre desenhadas com extremo detalhe, a exposição conta ainda com 7 obras desenvolvidas para os 25 anos do Centro Cultural de Belém, bem como com a Via Appia de Olissipo, um “novo palimpsesto esotérico, onde se acumulam todas as imagens que dela guardamos, desde as suas representações quinhentistas, aos seus ícones barrocos, oitocentistas, modernos e pós-modernos”, nas palavras de Nuno Grande.
Através da supressão e reorganização gráfica do existente, a ficção substitui a realidade:
E se a baixa pombalina desaparecesse, dando lugar a uma enorme praça? E se os quarteirões de traça regular se prolongassem para baixo e para cima, conquistando pisos infinitos, transformando-se num objecto
urbano abstracto de halo utópico?
E se a História se escrevesse pelo Não ao invés do Sim? A História do Cerco de Lisboa, de José Saramago, é rasurada com corte, propondo uma definitiva forma de ler – em direcção ao esquecimento. Num futuro
paralelo, Lisboa é outra: a cidade real dá lugar à cidade imaginária, entre a memória e o porvir.
Sempre desenhadas com extremo detalhe, a exposição conta ainda com 7 obras desenvolvidas para os 25 anos do Centro Cultural de Belém, bem como com a Via Appia de Olissipo, um “novo palimpsesto esotérico, onde se acumulam todas as imagens que dela guardamos, desde as suas representações quinhentistas, aos seus ícones barrocos, oitocentistas, modernos e pós-modernos”, nas palavras de Nuno Grande.
Os arquitectos Nuno Grande, Jorge Figueira e o geógrafo Álvaro Domingues foram convidados a partilhar, com palavras, as suas visões dos 3 momentos em que divide a exposição.
Finalmente, a Babel chega a Lisboa. A reprodução do desenho de 2 metros, elaborado com caneta Bic preta, invade a sala, revelando o trabalho de longos meses: uma exaustiva e distópica reinterpretação da visão
renascentista de Bruegel. Tocando temas como a linguagem, a arquitectura, o urbanismo, o projecto S.M.L.LX investiga a possibilidade de criação pela negação. Arquitecta de formação e ilustradora por vocação, a autora convida o visitante a construir as suas próprias leituras Sobre o Mito de Lisboa. E não só.
Finalmente, a Babel chega a Lisboa. A reprodução do desenho de 2 metros, elaborado com caneta Bic preta, invade a sala, revelando o trabalho de longos meses: uma exaustiva e distópica reinterpretação da visão
renascentista de Bruegel. Tocando temas como a linguagem, a arquitectura, o urbanismo, o projecto S.M.L.LX investiga a possibilidade de criação pela negação. Arquitecta de formação e ilustradora por vocação, a autora convida o visitante a construir as suas próprias leituras Sobre o Mito de Lisboa. E não só.