Uma das vozes definidoras da música cabo-verdiana, Tito Paris sobe ao palco do Coliseu dos Recreios, em Lisboa, a 10 de novembro, e ao Coliseu Porto Ageas a 17 novembro. Serão concertos comemorativos dos seus 40 anos de carreira, desde Regresso — tema que compôs em 1983 para Cesária Évora — até ao mais recente álbum, Mim Ê Bô (2017).
Estes espetáculos serão uma retrospetiva de um dos maiores marcos culturais de Cabo Verde. Quatro décadas de uma obra multicultural, onde cabe todo o imenso mundo lusófono, todas as suas influências e vivências. Uma carreira longa, de sucesso, que começa no seio de uma família dedicada à música. Aprendeu os primeiros acordes na guitarra com a sua irmã, foi tocando com os irmãos, primos e outros músicos; aos 19 anos, ruma a Lisboa, a convite de Bana, para integrar a banda A Voz de Cabo Verde.
Já em Lisboa, Tito Paris começa a conquistar o seu espaço então na florescente cena da capital portuguesa, ao acompanhar Bana, Dany Silva, Paulino Vieira, Paulo de Carvalho, Celina Pereira e Vitorino. Depois da sua afirmação como compositor, lança-se numa carreira em nome próprio. Em 1987, lança e produz o seu primeiro álbum, Fidjo Maguado, seguido de Dança Ma Mi Criola (1994), Graça de Tchega (1996) e Guilhermina (2002) — discos na interseção do semba, da coladeira e dos sons da lusofonia. Em 2017, foi condecorado com o grau de Comendador da Ordem do Mérito pelo Presidente Marcelo Rebelo de Sousa.
Agora, Tito Paris volta aos Coliseus, concertos que terão convidados e participações especiais, de artistas que sempre fizeram parte do seu mundo — porque a vida e música de Tito só assim faz sentido, em partilha.