A liberdade de expressão artística foi amordaçada num regime ditatorial que tinha medo do que não compreendia. Depois do 25 de Abril um pouco por todo o país, as portas dos museus e galerias foram se abrindo ao exterior e revelando as cores de artistas que por exemplo enterraram um museu, com uma cerimónia simbólica e outros que fizeram da guerra colonial uma tela para exorcizar traumas indiretos.
Nesta reportagem tentei falar com quem viveu na pele a ferida do silêncio como a galerista da Porta 111 Arlete Silva, ou o artista Manuel Botelho.
Falei com quem viu na arte a única forma de salvação. De norte a sul do país passando pelo centro são muitas as histórias de resiliência e superação que a liberdade deixou plantadas.