Tudo rola a pontapés
ninguém sabes quem és
nem sabem de onde vens
És simples de mais
se riem quando cais
tiraram-te o pouco que tens

Sugam de ti o mais que podem
e no final te sacodem
não se importam com o teu bem estar
Uma palmadinha nas costas
eles sabem que tu gostas
eles sabem como te usar

Tudo rola aos trambolhões
todos querem ser patrões
como é bom mandar
Gostam de uma mesa bem posta
bela vida quem não gosta
também tu querias lá estar

Miras por entre a janela
o que tem o fundo da panela
e esperas sem pedir
Uma palmadinha nas costas
eles sabem que tu gostas
te chamam quando querem rir

Talvez um dia tudo isto mude
talvez te tornes mau e rude
talvez te tornes também patrão
Tu não… És simples demais
os teus sonhos são reais
o teu corpo tem alma e coração

Ela passa quando te tornar a ver

Vou à pressa tenho pressa de chegar
vou fugindo já estou farto de cá estar
Tenho fome não há pra comer
ela passa quando te tornar a ver

Estou chegando sinto o cheiro do teu lugar
Estou nervoso por me sentir a chegar
Tenho frio não há tempo par ao ter
ela passa quando te tornar a ver

Tudo escuro já sei o caminho de cor
estou cansado e quero dormir melhor
Tenho sede não há tempo p´ra beber
ela passa quando te tornar a ver

Vou há pressa tenho pressa de chegar
vou fugir já estou farto de cá estar
tenho fome não tempo para comer
ela passa quando te tornar a ver

tenho frio não há tempo para o ter
ele passa quando te tornar a ver

Tenho sede não há tempo p’ra beber
ela passa quando te tornar a ver