A 30 de novembro de 2017, há 5 anos, morria o músico Zé Pedro.
“Baterista e baixista precisam-se para grupo punk”: foi este o anúncio que publicou num jornal, a primeira pedra para formar os Xutos & Pontapés. Celebrizou-se como guitarrista do grupo, tendo composto um dos seus êxitos de assinatura, Não Sou o Único (1987). No mesmo álbum, Circo de Feras, é da sua autoria N’América; em anos seguintes, escreve também Gente de Merda e “Submissão”.
Não apenas de Xutos se fez a sua carreira. Quando o grupo fez a banda sonora de Sorte Nula (2004), filme de Fernando Fragata, teve uma participação especial como recluso. Emprestou a sua voz também à rádio, principalmente na Antena 3, onde apresentou os programas Música Avariada (ao lado de Henrique Amaro) ou Ainda é dia de Rock.
É Comendador da Ordem do Mérito desde 2004, honra atribuída por Jorge Sampaio, o então Presidente da República. A sua vida foi documentada em filme – Zé Pedro Rock’n’Roll (2019) – e em livro, pela irmã Helena Reis (Não Sou o Único, 2007) e por André Rito (Zé Pedro: Uma Biografia, 2019, com ilustrações de Pedro Lourenço).