O Grupo Atlantihda
edita o seu primeiro album no dia 28 de Março.
A história dos Atlantihda é contada por
seis músicos e uma fadista. Oriundos dos mais distintos géneros musicais, os
Atlantihda viajaram pelo mundo da música nacional e internacional, absorvendo
várias influências para se encontrarem num projecto que acabaria por ligar a
música de raiz tradicional e rural, com aquela que é a nossa música popular
urbana: O Fado.
"Uma
canção genuinamente portuguesa"
A
história dos Atlantihda é contada por seis músicos e uma fadista. Oriundos dos
mais distintos géneros musicais, os Atlantihda viajaram pelo mundo da música
nacional e internacional, absorvendo várias influências para se encontrarem num
projecto que acabaria por ligar a música de raiz tradicional e rural, com
aquela que é a nossa música popular urbana: O Fado.
(…) João
Campos descobre a sua vocação no Rock e nos Blues quando, mais tarde, vem a
descobrir outros instrumentistas e compositores, desde Mark Knofler a Paco de
Lucia, ou ainda John Williams a Roland Dyens. Por sua vez, Miguel Teixeira,
passou pelo Heavy Metal para mais tarde se debruçar numa vasta escolha de
preferências musicais que vão de Carlos Paredes, a Pat Metheny ou Rabih Abou
Khalil. Fátima Santos tocava acordeão nos Ranchos Folclóricos da sua
aldeia na região de Oliveira do Hospital e com o crescimento como
instrumentista acabou por se apaixonar por outros géneros relacionados como as
músicas de Ástor Piazzolla, Richard Galliano e Maximiano Pitoco. Mélanie nasceu em Paris e aos dez anos foi viver para Viana do Castelo,
cidade atlântica mais "nortenha" de Portugal onde a música
tradicional tem um grande relevo. Aí frequentou tertúlias bem como romarias e,
como violoncelista, ingressou muito nova orquestras clássicas absorvendo
referências de grandes instrumentistas e compositores como Bach, Rostropovitch,
Yo-Yo Ma e Truls Mørk. José
Flávio Martins, autor das letras e músico autodidacta, sempre se dedicou à
música tradicional. As suas influências misturam-se, tal como os outros
elementos da banda, entre grandes ícones internacionais que vão desde os
Chieftains a Dead can Dance. Por sua vez, Gisela João é desde sempre e
incondicionalmente uma "Fadista". Nasceu em Barcelos e aos vinte anos foi viver
para o Porto, onde iniciou o seu percurso nas casas de fado da "Cidade Invicta"
para posteriormente se mudar para Lisboa. A sua escolha musical fora do fado
vai desde Ella Fitzgerald a Matthew Herbert ou Sérgio Godinho mas na realidade,
é com as vozes de Amália, Lucília do Carmo e Camané, entre outros, com que mais
se identifica.
Frederico
Pereira, produtor musical, depois de passar pelo conservatório,
foi para Londres concluir os seus estudos na área da composição, engenharia de
som e produção. Entre as suas preferências, destacam-se alguns compositores
como Steve Reich, Philip Glass ou o universo mais eclético de Brian Eno. Depois
do contacto com várias culturas tradicionais e contemporâneas de todo o mundo,
sentiu uma enorme necessidade de regressar a Portugal e foi feliz no seu
regresso, no momento em que encontrou uma série de músicos que tal como ele
acreditavam na possibilidade de unir a sensibilidade musical e destreza técnica
à autenticidade da música tradicional portuguesa.
Um
caminho possível seria reinventar a tradição, pegando em algumas vozes e
instrumentos do universo pop, atraindo a guitarra portuguesa para a definir
como "Novo Fado". Em vez disso, os Atlantihda reencontram as raízes da cultura
de um povo com história, absorvendo o que de mais genuíno está contido na alma
deste projecto. Também aqui se encontram a guitarra braguesa, os adufes, as
formas, as melodias e os ritmos que todos vieram a adquirir nas suas "Viagens",
mas numa atitude consciente de que se pode fazer música de raiz popular
(escrita ou não), usando uma linguagem contemporânea que parte das vivências de
músicos dos nossos dias.
Acima
de tudo, o conceito da banda assenta na música tradicional de raiz portuguesa,
onde o fado ganha alguma curiosidade e entra neste "território" para se
reencontrar e possivelmente, conhecer mais um capítulo da história das suas
origens, criando assim "Uma canção genuinamente portuguesa"…
(Hélder
Moutinho)
ALINHAMENTO E AUTORIAS
01 – Na calma dos teus olhos
Letra: José Flávio Martins
Música: Atlantihda
02
– Madrugada de silêncio
Letra:
José Flávio Martins
Música:
Atlantihda
03
– Estrada do teu regresso
Letra
e Música: José Flávio Martins
Arranjo:
Atlantihda
04
– Mar de vultos (versão)
Letra:
José Flávio Martins e Sónia Ribeiro
Música:
José Flávio Martins
Arranjo:
Atlantihda
05
– O cais das açucenas
Letra:
José Flávio Martins
Música:
Atlantihda
06
– Amor meigo de olhar
Letra:
José Flávio Martins
Música:
Atlantihda
07
– Barco da Alma
Letra:
José Flávio Martins
Música:
Atlantihda
08
– Meu amor é marinheiro
Letra:
Manuel Alegre
Música:
Alain Oulman
Arranjo:
Atlantihda
09
– A lua onde tu moras
Letra:
José Flávio Martins
Música:
Atlantihda
10
– Vou dar de beber à dor
Letra
e música: Alberto Janes
Arranjo:
Atlantihda