40 anos depois a Liberdade de Sérgio Godinho continua a percorrer o país ao vivo, e é agora editada em cd.
Ana Sofia Carvalheda conversou com o escritor de canções, que no mês de Novembro sobe aos palcos do Rivoli, no Porto, e ao do Coliseu de Lisboa, sempre com a Antena1.
CONCERTOS:
01 NOV / Porto / Rivoli (21h)
02 NOV / Porto / Rivoli (17h)
22 NOV / Lisboa / Coliseu (22h)
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Em Abril passado, a 10, 11 e 12, o público que esgotou a três apresentações de estreia de “Liberdade” realizadas no São Luiz Teatro Municipal podia ler na folha de sala distribuída à entrada: “Liberdade” é de todas as palavras e conceitos que uso na minha vida, e por arrasto nas canções, a que mais acarinho e que mais defendo, aquela que dá ao norte a sua bússola.
A frase era de Sérgio Godinho e dirigia os presentes para o que viriam a assistir – a partir de uma canção composta em 1974 e publicada nesse mesmo ano no álbum “À Queima-roupa”, o “escritor de canções” revia, em 2014, através do seu repertório, os quarenta anos do Portugal democrático. “Liberdade” percorre então o país – um dos versos emblemáticos de Sérgio Godinho, este de “Maré Alta”, passa a ser recorrente, “A Liberdade vai passar por aqui…”:nos teatros nacionais – Theatro Circo, Louletano, Viriato, Aveirense, entre outros em algumas festas populares – em Setúbal, para as comemorações do 25 de abril; ou na Festas de São João, em Évora; ou até em festivais de Verão – inolvidável a participação no Festival Bons Sons que, passado o susto da aparatosa queda de palco sofrida, motivaria por entre a consternação e a alegria um “o palco foi pequeno para tanto Sérgio Godinho”.
E a “Liberdade” passou, e cresceu, e justificou uma gravação ao vivo que chegará às lojas no próximo dia 27 de Outubro. E estimulou uma passagem pelo Porto no dia 1 de Novembro, para mais em jeito de celebração, num regresso ao Rivoli, sala que não visitava há dezena e meia de anos desde a criação conjunta com os Clã, o espetáculo “Afinidades”, e em que, dois anos, antes gravou “meio” disco, o “Rivolitz”.
E obrigou à sua reposição em Lisboa, desta feita no Coliseu dos Recreios, no dia 22, palco de inúmeros momentos altos da sua carreira e que seguramente receberá a liberdade, a “Liberdade” de Sérgio Godinho, com o entusiasmo merecido.
E recorrendo uma vez mais ao texto que acompanhou a estreia de “Liberdade” – “desde a música empenhada, bandeira de causas e consciência social, ao diário íntimo e plural, uma visão de nós próprios a partir do trabalho de um dos mais importantes criadores de imaginário destas últimas quatro décadas.”
ALINHAMENTO
1 – FOI AOS 25 DIAS DE ABRIL (SÉRGIO GODINHO/JORGE CONSTANTE PEREIRA)
2 – JÁ JOGUEI AO BOXE (SÉRGIO GODINHO)
3 – O ACESSO BLOQUEADO (SÉRGIO GODINHO)
4 – LIBERDADE (SÉRGIO GODINHO)
5 – FOI A TRABALHAR (SÉRGIO GODINHO)
6 – MARÉ ALTA (SÉRGIO GODINHO)
7 – FOTOS DO FOGO (SÉRGIO GODINHO)
8 – LISBOA QUE AMANHECE (SÉRGIO GODINHO)
9 – MAÇÃ COM BICHO (SÉRGIO GODINHO)
10 – NA RUA ANTÓNIO MARIA (ZECA AFONSO)
11 – O FUGITIVO (SÉRGIO GODINHO)
12 – ETELVINA (SÉRGIO GODINHO)
13 – TEM O SEU PREÇO (SÉRGIO GODINHO)
14 – QUE FORÇA É ESSA (SÉRGIO GODINHO)
15 – A NOITE PASSADA (SÉRGIO GODINHO)
16 – LIBERDADE (SÉRGIO GODINHO)
FICHA TÉCNICA CD
SÉRGIO GODINHO voz
NUNO RAFAEL guitarras, percussão, coros
MIGUEL FEVEREIRO guitarras, coros, percussão
NUNO ESPIRITO SANTO baixo
JOÃO CARDOSO teclado, coros
SÉRGIO NASCIMENTO bateria, percussão
Direcção Musical: Nuno Rafael
Gravado ao vivo no São Luiz Teatro Municipal (10 a 12 de Abril de 2014), Cine-Teatro Louletano (17 Abril) e Centro de Arte de Ovar (26 de Abril) por Nelson Carvalho
CONCERTOS:
01 NOV / Porto / Rivoli (21h)
02 NOV / Porto / Rivoli (17h)
22 NOV / Lisboa / Coliseu (22h)
SÉRGIO GODINHO voz, guitarra / NUNO RAFAEL guitarras, percussões, coros / MIGUEL FEVEREIRO guitarras, coros / NUNO ESPIRITO SANTO baixo / JOÃO CARDOSO teclado, coros / SÉRGIO NASCIMENTO bateria, percussões
CONVIDADA – CAPICUA