Simone está
de regresso com novo disco.
Chama-se Na
Veia.
Entre os dias dias 19 de e 25 de Outubro oiça na Antena 1 algumas músicas deste novo disco que sai 22 de Outubro e é disco Antena
1.
"Novo disco
da cantora, pela Biscoito Fino, traz inéditas de Adriana Calcanhotto, Erasmo
Carlos, Martinho da Vila, Marina e uma composição da própria Simone em parceria
com Herminio Bello de Carvalho.
"Acalma a Bola,
rola a bola, trata a bola, limpa a bola que é preciso faturar. É bom jogar com
muita calma, procurando pela brecha pra poder ganhar". Os versos de Gonzaguinha
-compositor sempre presente na trajetória de Simone – em Geraldinos
e Arquibaldos sintetizam um pouco a atual fase da cantora: no auge da
maturidade artística, lança um disco essencial, sereno e fiel às próprias
convicções. Na Veia é, antes de mais nada, um disco de Simone. Não é
qualquer cantor que pode se orgulhar de ter uma assinatura tão marcante,
independente do que ele cante. Simone pode. E depois de quase quatro décadas de
uma bem sucedida carreira, isso se evidencia como nunca antes. O que torna
possível, num disco como esse, que contempla compositores de universos tão
distintos, uma unidade da primeira à ultima faixas:
– Eu sempre falei
e cantei o amor. Para este trabalho, liguei para todos os compositores que me
enviaram canções, ou até mesmo os encontrei, e disse: é um trabalho feliz, para
cima, que fala do amor em todas as suas formas, jeitos e maneiras -Simone dá a
pista.
Na Veia é o primeiro disco de canções inéditas da intérprete em cinco anos
– o último foi Baiana da Gema, de 2004, no qual homenageou Ivan Lins.
Pela primeira vez trabalha com Rodolfo Stroeter, que divide com Simone a
produção e a direção musical do cd: " Eu sempre estou ligada em tudo o que
acontece na feitura do disco, mesmo quando eu não assino, estou produzindo
junto", relata a cantora. O resultado é completamente distinto de seus
trabalhos anteriores, mas com cara de Simone. O amor, um dos assuntos mais
constantes na discografia da intérprete, também predomina em Na
Veia, mas sob um enfoque mais amplo: não coincidentemente, a mulher, o
sujeito principal das canções aqui, expõe livremente seus desejos, seduz, põe
fim à relação e também anseia por liberdade. Tanto as composições quanto a
interpretação precisa e sutil conferem uma abordagem contemporânea e atual ao
tema mais recorrente no cancioneiro do Brasil.
E o amor vem pelas
mãos de compositores em sua maioria já gravados pela intérprete. Em
contraponto, o disco abre com Love, de Paulo Padilha, compositor pouco
conhecido e estreante na voz de Simone. Adriana Calcanhotto comparece com duas:
Definição da Moça (sobre um texto de Ferreira Gullar) e Certas Noites
(com Dé Palmeira). Na última, versos como "Certas noites eu sou só do samba, eu
sou da orgia/ Nessas noites você não me encontra, meu bem/ Nem dentro da lei/
Às vezes eu vou deixar a razão pela folia" radiografam a mulher de hoje,
independente e decidida nas relações. Em díptico também aparece Erasmo Carlos,
seja na inconformada letra de Migalhas, ou na ternura de Hóstia,
esta em parceria com Marcos Valle –
" Apesar de já ter gravado o Erasmo meninão, fiquei muito feliz quando recebi
esses presentes maravilhosos. Ele mandou duas e eu gravei as duas".
Autor de clássicos
na voz de Simone, como Jura Secreta
e Alma, Abel Silva também marca presença com Pagando Pra Ver, um
‘blues feliz’ segundo ele próprio, em parceria com Nonato Luis. Martinho da
Vila, a quem a ‘cigarra’ já dedicou um disco inteiro na década de 90, também
traz a novíssima Na Minha Veia (com Zé Catimba), faixa de onde foi
extraído o título do disco. E Na Veia segue na cadência do samba com
Paulinho da Viola, que marca presença com Ame ("esta canção é tudo que
eu acho e acredito do amor", contextualiza a cantora). Além de Ame,
apenas Geraldinos e
Arquibaldos e Deixa eu Te Amar (Agepê/Ismael Camillo/ Mauro Silva)
haviam sido gravadas anteriormente – mas continuavam inéditas na voz da cantora
– no caso da última, um sucesso de Agepê, que aqui aparece completamente
despida e renovada, e chega até a
parecer um clássico de…Simone.
Completam o
repertório uma inédita de Marina, Bem Pra Você (também com Dé Palmeira),
e ainda uma composição da própria Simone, em parceria com Hermínio Bello de
Carvalho, de 76, que permaneceu inédita até agora: "Vale a Pena Tentar" eu
fiz há muito tempo, tanto a melodia quanto a letra, e pedi para o Herminio
terminar o texto. Mas prefiro cantar…rs". Na Veia atesta, após 36 anos
de carreira, o gosto que a ‘cigarra’ tem em cantar ,e o quanto este prazer
permeia cada poro deste disco, tornando-o, acima de tudo, um disco de Simone.
Alinhamento CD
Love (Paulo Padilha)
Cartas
Noites (Dé Palmeira/ Adriana Calcanhotto)
Migalhas (Erasmo Carlos)
Na Minha
Veia (Zé Catimba/ Martinho da Vila)
Bem pra
Você (Dé Palmeira/ Marina Lima)
Geraldinos e Arquibaldos (Gonzaguinha)
Hóstia (Erasmo Carlos/ Marcos
Valle)
Pagando pra
ver (Abel Silva/ Raimundo Nonato de
Oliveira)
Vale a pena
tentar (Simone/ Hermínio Bello de Carvalho)
Ame (Paulinho da Viola/ Elton Medeiros)
Definição
da Moça (Adriana Calcanhotto sobre poema de Ferreira Gullar)
Deixa eu te
amar (Agepê/ Ismael Camillo/ José Mauro
Silva)
Link:
Simone